O Banco do Brasil teve lucro líquido ajustado de R$ 11,343 bilhões em 2014 (R$ 3,020 bilhões no quarto trimestre), o que representa um crescimento de 9,6% em relação a 2013. Mesmo com a criação de 74 agências em todo o país, a instituição financeira extinguiu 588 postos de trabalho.
A Carteira de Crédito Ampliada cresceu 9,8% em 12 meses, atingindo um montante de R$ 760,9 bilhões, e a rentabilidade ajustada sobre o patrimônio líquido anualizado (ROE) foi de 15,1%, praticamente estável em relação ao ano anterior.
O BB vai depositar a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) semestral na sexta-feira (27), após o pagamento dos dividendos aos acionistas.
Para o diretor do Sindicato Jeferson Meira, “o resultado do banco é a comprovação de que os funcionários do BB têm compromisso com a instituição financeira e atuam com profissionalismo, mesmo sob pressão. No entanto, segundo ele, é preocupante que, apesar do lucro alto, o BB continue reduzindo o número de funcionários sem preencher as vagas abertas”.
Em 2014, o BB encerrou o ano com 111.628 funcionários, com 588 postos de trabalho a menos que em 2013, embora tenham sido abertas 74 agências no mesmo período.
Confira aqui quadro resumido do balanço do BB preparado pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
Inadimplência estagnada
O índice de inadimplência superior a 90 dias cresceu 0,05 pontos percentuais no ano, ficando em 2,03% em dezembro de 2014. Apesar da baixa inadimplência e de a carteira de crédito não ter crescido tanto, o banco elevou suas despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa (PDD) em 18,9%, totalizando R$ 18,5 bilhões.
Aumento da Selic traz mais lucros
O crescimento do resultado com Títulos e Valores Mobiliários e com Aplicações Compulsórias foi diretamente influenciado pelos sucessivos aumentos na taxa Selic. O primeiro cresceu 46,8%, totalizando R$ 44,0 bilhões. Isso significa que o BB, com a majoração da taxa básica de juros, reduziu a oferta de crédito para a compra de títulos da dívida pública, a exemplo do que estão fazendo todos os bancos privados. Já o resultado com aplicações compulsórias teve alta de 20,7%.
As receitas com prestação de serviços e tarifas bancárias cresceram 7,6% em doze meses, enquanto as despesas de pessoal subiram 8,2%, com isso, a cobertura dessas despesas pelas receitas secundárias do banco foi de 135,92% em dezembro de 2014.
Fonte: Contraf-CUT