Negociações com o Banco do Brasil começam dia 23
As negociações da pauta específica de reivindicações do funcionalismo do BB começam no próximo dia 23. A data foi acertada entre a Comissão de Empresa dos Funcionários, que assessora o Comando Nacional dos Bancários nas negociações, e representantes do banco. A reunião começará às 9h, em Brasília.
A minuta foi entregue ao presidente do BB, Paulo Cafarelli, no dia 11, em reunião marcada por pressão dos representantes dos bancários, que reforçaram junto ao BB a importância de demandas que são consideradas prioritárias para o funcionalismo, como a defesa da instituição como banco público e contra a privatização, melhores condições de trabalho, debate sobre as agências digitais e processos seletivos transparentes e objetivos, além do fortalecimento da Cassi (Caixa de Assistência).
As propostas foram aprovadas no 27º Congresso Nacional dos Funcionários, realizado entre os dias 17 e 19, em São Paulo, do qual participaram mais de 323 delegados de todo o Brasil.
Cassi
Antes da primeira rodada, haverá, na segunda-feira (22), reunião com o BB para debater a Cassi. O encontro também será em Brasília, a partir das 14h30.
Confira as principais reivindicações dos bancários do BB:
˃ Defesa do banco público, contra a privatização.
˃ Jornada de seis horas para todos, sem redução de salário.
˃ Vale alimentação e refeição na licença saúde.
˃ Não constar nenhum registro no ponto eletrônico sobre falta de greve.
˃ Fim do desvio de função, pagamento das substituições.
˃ Critérios transparentes e objetivos de ascensão profissional.
˃ Mais contratações.
˃ Redução para 10 anos do prazo de elegibilidade no Previ Futuro.
˃ Prazo amplo para utilização de folgas adquiridas.
˃ Isonomia: licença prêmio e férias de 35 dias para os pós-98.
˃ Fim dos problemas decorrentes da implantação do modelo BB Digital.
˃ Melhoria das condições de trabalho nas PSOs.
˃ Fim dos descomissionamentos imotivados (fim do ato de gestão).
˃ Pagamento de 7ª e 8ª horas.
˃ Maior prazo para cumprimento de horas negativas.
˃ Manutenção de remuneração e praça dos trabalhadores em caso de reestruturações.
˃ Comitês de ética paritários.
˃ Fim da imposição de metas e combate ao assédio moral.
˃ Reivindicações específicas para o Sesmt e Ouvidoria.
>Cassi e Previ para funcionários oriundos de bancos incorporados. O funcionalismo reivindica ainda mais autonomia na estrutura do Sesmt e implantação na Cassi do modelo de assistência integral à saúde. Na Previ, a luta é pela manutenção da participação de associados na gestão, ameaçada pelo PLP 268, pelo fim do voto de minerva, melhoria dos benefícios para os participantes, redução das taxas de carregamento e administração e contribuição 2B a todos, inclusive incorporados.
Renato Alves
Do Seeb Brasília
Depois de três dias de debates, pauta de reivindicações dos bancários está definida
CAMPANHA NACIONAL 2016
Os 633 delegados e delegadas presentes à 18ª Conferência Nacional dos Bancários aprovaram neste domingo (31), em São Paulo, a pauta geral de reivindicações da categoria para as negociações da Campanha Nacional 2016 com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos).
São reivindicações que tratam de emprego, saúde, segurança, condições de trabalho, remuneração e organização de luta, resultado de debate que se deu no seminário sobre sistema financeiro e sociedade e no interior dos grupos temáticos, tendo como base propostas encaminhadas por bancários de todo o país. O fórum teve início na sexta (29).
As principais delas são fim do assédio moral, mais segurança, manutenção do emprego e mais contratações, índice de reajuste de 5% acima da inflação (projetada em 9,31%) e PLR de três salários mais valor fixo adicional, além da manutenção da unidade na luta entre bancários de bancos públicos e privados contra as investidas do governo Temer para retirar direitos trabalhistas.
O presidente do Sindicato, Eduardo Araújo, convoca os bancários à luta. “A partir de agora, vamos mobilizar todos os bancários e as bancárias para que tenhamos mais uma campanha vitoriosa em 2016”, enfatizou. Representando Brasília, 34 delegados eleitos, entre os quais 17 delegadas, participaram da 18ª Conferência Nacional.
Emprego
Diante dos números de que os bancos seguem lucrando à revelia da crise, os bancários vão intensificar a luta pela geração de vagas, manutenção de postos de trabalho e pelo fim da rotatividade, uma das principais preocupações. Além disso, promoção da igualdade de oportunidade para todos e todas, com fim das discriminações na contratação, nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, LGBTS e Pessoas com Deficiência (PCDs) também será uma frente de mobilização.
O combate à terceirização sem limites também é uma bandeira de luta da categoria. Para avançar nessa causa, será reivindicada a criação de uma comissão bipartite, com participação dos sindicatos e dos bancos, para discutir o tema, com a suspensão de todos os projetos que terceirizam serviços.
Remuneração
Em relação à remuneração, os bancários aprovaram reivindicar o piso salarial nacional, de R$ 3.940, 24, a reposição da inflação do período mais 5% de aumento, totalizando um índice de 14,78%, a incidir sobre todas as verbas de natureza salarial. Para a PLR (Participação nos Lucros e Resultados), vão cobrar o pagamento de três salários mais valor fixo.
Saúde e segurança
Estão na pauta a melhoria nos programas de retorno ao trabalho, participação dos trabalhadores e dos sindicatos nas questões de saúde, além do acesso a informações retidas pelos bancos.
O combate ao assédio moral e assédio sexual está entre as principais reivindicações, assim como a questão das metas, que interferem na saúde do trabalhador.
Em relação à segurança, os bancários reforçaram a necessidade de portas giratórias nas agências, já que muitas ainda não possuem o item de segurança. A instalação de biombos nos caixas eletrônicos e o fim das guardas das chaves pelos trabalhadores também estão na minuta aprovada.
Agências digitais
Na pauta também constarão reivindicações específicas sobre as agências digitais e sobre novas tecnologias. Relativamente novo no setor bancário, o tema contém muitos aspectos a serem regulamentados.
Início das negociações
De acordo com representantes do Comando Nacional, a pauta será entregue à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) em reunião marcada para o dia 9 de agosto, quando será proposto um calendário para as negociações. A data-base da categoria é 1º de setembro.
BB, Caixa e BRB
As pautas específicas dos bancários do BB e da Caixa já foram definidas nos respectivos congressos, realizados em junho também em São Paulo, e têm sua entrega prevista também para o dia 9. Os bancários do BRB vão aprovar sua pauta de reivindicações em seminário que o Sindicato promoverá em agosto.
Renato Alves
Do Seeb Brasília
18ª Conferência Nacional dos Bancários começa nesta sexta (29) para definir pauta de reivindicações
A 18ª Conferência Nacional dos Bancários começa nesta sexta-feira (29), em São Paulo, com a participação de 695 delegadas e delegados de todo o país, incluindo bancários de Brasília, além de observadores brasileiros e de outros países. O evento, que prossegue até domingo (31), vai definir pauta unificada de reivindicações da Campanha Nacional 2016, que será entre à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) no dia 9 de agosto.
Neste mesmo dia, o Comando Nacional dos Bancários entrega também um calendário e propõe a marcação de rodadas de negociação, nas quais serão apresentadas as defesas dos direitos dos trabalhadores, o pedido da inflação mais ganho real, e novas conquistas.
Entre os eixos para a Conferência Nacional dos Bancários estão emprego, saúde do trabalhador, segurança bancária, condições de trabalho, remuneração e estratégia para organização da luta e disputa da sociedade.
Seminário
Antes da abertura solene da Conferência, nesta sexta (29), os bancários participam do Seminário: “Sistema Financeiro e Sociedade”, com início às 9h. O evento contará com a presença de personalidades do cenário político e de movimentos sociais e sindicais, que participarão da exposição de três painéis:
Das 9h às 12h - Painel 1 – “Transformações no Sistema Financeiro e seus impactos no Mundo do Trabalho”.
Das 13h às 15h - Painel 2 – “ Novas Ofensivas aos Direitos dos Trabalhadores”
Das 15h às 17h - Painel 3 - Fórum da Resistência – “O Brasil que Queremos”
Após a apresentação dos painéis, haverá o lançamento dos livros: ‘O Brasil que queremos’ e ‘A resistência ao golpe’.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirma presença no seminário.
Programação
Quinta-feira - 28 de julho
15h às 18h - Credenciamento
Sexta-feira - 29 de julho
8h30 às 18h – Credenciamento
9h às 18h - Seminário: “Sistema Financeiro e Sociedade”
19h – Votação do Regimento Interno da 18ª Conferência Nacional dos Bancários
19h30 – Abertura solene
Sábado - 30 de julho
08h30 às 12h – Credenciamento
9h – Dieese – Análise dos Resultados dos Bancos e apresentação da Sistematização da Consulta Nacional 2016
10h às 16h – Trabalho em grupos:
Grupo 1 – Emprego.
Grupo 2 - Saúde do Trabalhador, Segurança Bancária e Condições de Trabalho.
Grupo 3 – Remuneração.
Grupo 4 – Estratégia para Organização da Luta e Disputa da Sociedade.
16h – Plenária das Correntes Políticas
Domingo - 31 de julho
9h30 às 10h - Apresentação da Campanha de Mídia
10h às 13h - Plenária final e encerramento
Da Redação com informações da Contraf-CUT
Bancários do Santander paralisam agências em Dia Nacional de Luta
RENOVAÇÃO DO ADITIVO
Por mais respeito na mesa de negociação que trata da renovação do acordo aditivo, bancárias e bancários do Santander fizeram nesta terça-feira (26) um Dia Nacional de Luta. Por todo o Brasil, dezenas de agências e departamentos foram paralisadas para cobrar do banco propostas que atendam às reivindicações específicas dos trabalhadores da instituição.
No Distrito Federal, com o apoio do Sindicato, os bancários paralisaram até o meio-dia agências no corredor W3 Sul-Norte, no SIA, no Núcleo Bandeirante, em Taguatinga Centro e Norte, na Ceilândia e em Águas Claras, num total de 12 unidades.
Com faixas e distribuição de material informativo aos bancários e à população, que manifestou apoiou ao protesto, os dirigentes sindicais denunciaram a postura do banco de, além de não negociar, retirar direitos, mostrando que, ao contrário da campanha de mídia “O que o Santander pode fazer por você hoje?”, a realidade é “O que o Santander quer tirar de você hoje?”.
“É frustrante o que o Santander está fazendo. Por isso estamos aqui, pressionando para que o banco volte para a mesa de negociação e apresente uma proposta decente para melhorar as condições de trabalho”, disse a diretora do Sindicato Rosane Alaby.
A dirigente relata que representantes dos bancários e do Santander estiveram reunidos no último dia 20, em São Paulo, pela sexta rodada de negociação, e o banco simplesmente alegou que não tinha proposta para ser apresentada. “Queremos seriedade nas negociações. Com lucros expressivos, a instituição não tem reconhecido o trabalho dos seus funcionários”, complementou.
Sem plano de saúde e sem premiação
Os bancários do Santander sofreram duas baixas em seus direitos. Primeiro o banco alterou as regras para inclusão de dependentes no plano de saúde, excluindo os filhos dos funcionários com idade a partir de 21 anos. Agora, de forma unilateral, anunciou que não vai mais pagar a premiação de dois salários a que tinham direito os trabalhadores que completassem 25 anos de empresa. Tradição no antigo Banco Real, o benefício foi estendido aos funcionários do Santander na unificação dos dois bancos.
Os funcionários do Santander são os únicos entre os bancários de instituições privadas que têm um acordo aditivo.
Confira as reivindicações específicas dos bancários do Santander:
- Mudanças nas regras do convênio médico
- Revisão da política de metas e de avaliação de desempenho
- Empréstimo de férias parcelado
- Aumento do valor da bolsa auxílio-estudo
- Revisão dos critérios de concessão, além do incremento no valor do pagamento do Programa Próprio de Remuneração
Renato Alves
Do Seeb Brasília
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