Fenaban provoca bancários e tenta responsabilizar entidades sindicais pela greve

 

Mesmo depois de quase 20 dias da última rodada de negociação - em que frustrou a expectativa dos trabalhadores e manteve a proposta insuficiente de 6% de reajuste - e dos quatro dias da forte greve nacional dos bancários, a Fenaban segue provocando a categoria e ignorando o movimento.

Mas se na relação com os trabalhadores, de um lado, o que impera é o silêncio, por outro lado os banqueiros vêm se valendo do velho truque de usar sistematicamente a imprensa como sua porta-voz para divulgar o que lhes convém e tentar jogar sobre as entidades sindicais a culpa pela greve, responsabilidade que é exclusivamente sua. Afirmam, cinicamente, que aguardam dos trabalhadores uma contraproposta para resolver a campanha, mesmo sabendo que não há a menor chance disso acontecer – o que os bancários querem é de conhecimento dos bancos já faz bem mais de um mês.

“Imputar às entidades representativas dos trabalhadores a responsabilidade pela paralisação é mais um truque sujo dos bancos para tentar jogar a população contra nosso legítimo movimento. Os banqueiros não querem arranhar a sua imagem, mas já ficou claro para todos que é toda deles a culpa por uma greve que chegou nesta sexta-feira ao seu quarto dia fechando mais de 9 mil agências pelo Brasil, o que mostra o alto grau de insatisfação da categoria”, rebate o diretor do Sindicato dos Bancários de Brasília, Eduardo Araújo, que integra o Comando Nacional.

“Não é dessa forma que se constrói um acordo. Sempre apostamos na via negocial para a solução de conflitos, e nos mantemos abertos ao diálogo, mas a única linguagem que os bancos entendem é a greve”, complementa. “Movimento, aliás, que só vem crescendo a cada dia”.

Resposta é mais mobilização

Mas se os truques estão para os banqueiros, a luta está para os trabalhadores. Em Brasília, o quarto dia da greve deixou ainda mais evidente a insatisfação com o silêncio da Fenaban, com a adesão superior a 90% dos trabalhadores à paralisação. Nas agências e nos prédios administrativos, o sentimento é um só: a greve vai se alastrar ainda mais.

Fonte: SEEB Brasília

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