Governo Agnelo desrespeita o BRB

Os funcionários do BRB foram surpreendidos nesta quarta-feira 17 com a notícia da troca da presidência do banco. Em evento realizado para gestores, o presidente Jacques Pena informou que haverá mudança no cargo. O gesto repete uma prática nociva ao banco, que foi marca registrada do governo de triste memória de José Roberto Arruda: a troca constante de presidentes. Só para relembrar, no seu governo (2007-2010), o BRB teve sete presidentes diferentes.
 
Estamos no 22º mês do novo governo, cujo mandato é de 48 meses, e pela segunda vez, e de forma abrupta, troca-se o presidente do BRB, numa demonstração de desrespeito à instituição, aos seus funcionários e clientes, que sofrem com a descontinuidade administrativa provocada por essas mudanças.

Apesar da manutenção de alguns nomes na diretoria da instituição, cada presidente que chega procura imprimir sua marca à gestão, o que provoca essa descontinuidade, tão nociva a qualquer empresa, e em especial às empresas financeiras.

“Em um momento em que o sistema está sendo testado com políticas de redução de juros e tarifas, e com queda acentuada da taxa Selic, o que impacta no planejamento e resultado do banco, o governo dá esta demonstração de descaso. Um banco precisa, mais do que qualquer outra empresa, de credibilidade e marketing positivo. Essas mudanças que o governo Agnelo está fazendo no banco, pelo contrário, atraem marketing negativo, o que é extremamente prejudicial ao BRB”, afirma Antonio Eustáquio, diretor do Sindicato dos Bancários de Brasília.

O governador Agnelo, quando ainda candidato, assumiu perante os funcionários compromissos com o BRB. Entre os quais o de respeitar a instituição e trabalhar para solidificá-la. Porém, com essas atitudes, a troca de presidente sem motivos aparentes quebra esse compromisso, e mais uma vez joga os funcionários em uma situação de instabilidade quanto ao futuro.

O Sindicato dos Bancários de Brasília vê com extrema preocupação esses acontecimentos, pois, à primeira vista, não há motivos para mudanças, pois o banco passa por uma situação de tranquilidade, em que os funcionários percebem que o caminho que está sendo tomado é correto, e os resultados comprovam isso.

O Sindicato tem compreensão que o cargo de presidente do BRB é cargo cuja nomeação é privativa do governador. Porém, teme que ele esteja sendo usado para composições políticas de maneira danosa. A substituição do ex-presidente Edmilson Gama já foi, de certa forma, inexplicável. Agora, após apenas oito meses da posse de Jacques Pena, que vem fazendo um trabalho correto, haja vista os resultados apresentados, mais uma vez se vê esta desagradável surpresa, e novamente sem explicações plausíveis.

O Sindicato não medirá esforços na defesa do banco, o que inclui denunciar qualquer uso inadequado dos cargos de direção, mesmo reconhecendo que defendeu o voto em Agnelo na eleição de 2010.

“Temos convicção do que fizemos em 2010, porém isto não nos intimidará, nem nos limitará na defesa intransigente da lisura de qualquer um que for indicado para a presidência do BRB, diretoria ou qualquer empresa do conglomerado”, conclui Eustáquio.

Fonte: Seeb Brasília

 

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