Bancários vão ao Banco Central questionar indicado do governador para presidir o BRB

Em audiência realizada na quinta-feira (1º) no Banco Central (Bacen), o Sindicato dos Bancários de Brasília, juntamente com a deputada federal Erika Kokay (PT-DF), se reuniu com o chefe do Departamento de Organização do Sistema Financeiro (Deorf) do Bacen, Adalberto Gomes da Rocha, para exigir rigorosa análise do currículo e da capacidade técnica de Abdon Henrique, indicado pelo governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, para presidir o BRB. Esse departamento é o responsável pela avaliação dos nomes indicados para ocuparem cargos diretivos nas instituições financeiras. Dessa forma, é ele quem dará a palavra final sobre a capacidade de Abdon Henrique para comandar o banco.

Pelo demonstrado na sabatina ocorrida no dia 31 de outubro na Comissão de Economia, Orçamento e Finanças (CEOF) da Câmara Legislativa do DF, o que se evidencia é que Abdon, por mais ‘disposição e vontade de trabalhar’ que tenha, conforme suas palavras, não demonstrou capacidade técnica para administrar o BRB. Isso foi deixado claro pela deputada Erika Kokay e também pelo Sindicato dos Bancários de Brasília, representado na reunião com o Bacen pelos diretores Antonio Eustáquio, funcionário do BRB, e Eduardo Araújo, funcionário do BB e representante de Brasília no Comando Nacional dos Bancários.

Adalberto Gomes disse que, assim que receber a indicação, o Bacen fará minuciosa análise da conduta e também do currículo do indicado, primando pela observância da capacitação técnica. Afirmou ainda que recentemente um indicado para compor a diretoria da BRB DTVM foi considerado inapto para o cargo, o que demonstra a preocupação do Bacen em referendar o nome de pessoas realmente capacitadas e de conduta ilibada.

O Sindicato dos Bancários de Brasília espera uma averiguação realmente minuciosa por parte do Bacen, caso o nome de Abdon chegue ao órgão de fiscalização do sistema financeiro, pois, também em passado não tão recente, o Bacen já aprovou nome de indicado para a presidência do BRB que veio a ser preso, envolvido em esquemas de corrupção.

“O Banco de Brasília não pode ser tratado como instrumento para acertos políticos. E se o governador não pensa assim, esperamos que o Bacen coloque as coisas em seus devidos lugares: para administrar banco, necessita-se de pessoas capacitadas efetivamente, e não apenas o fato de que sejam amigas do governador como elemento mais importante do currículo”, critica Antonio Eustáquio, diretor do Sindicato.

Fonte: Seeb Brasília

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