Caixa inaugura agências, contrata pouco e piora condições de trabalho

Os empregados da Caixa têm sofrido com a sobrecarga de trabalho e estresse diário com agências lotadas. A situação piorou com a política da empresa de abrir novas agências sem contratar o número suficiente de funcionários para atender a demanda. Só em 2012, foram inauguradas cerca de 300 novas unidades da Caixa em todo o país. A empresa divulgou que pretende abrir mais 2 mil agências no Brasil até 2014, mas não se preocupa com contratações de novos empregados no mesmo ritmo.

Mais contratações já eram necessárias antes mesmo da abertura de novas agências, já que faltam funcionários para atender toda a demanda. Com novas agências sendo inauguradas, a situação fica ainda pior. A Caixa tem que contratar rapidamente e colocar os novos empregados nas unidades com carência de pessoal, garantindo condições de trabalho adequadas e a oferta de serviços com qualidade à população.

Após pressão do movimento sindical e fruto da última Campanha Nacional dos Bancários, a Caixa se comprometeu a ter em seu quadro de pessoal 92 mil empregados até dezembro de 2012. Ultrapassando essa cota, a empresa atingiu no início do mês mais de 93 mil. Esse quadro, porém, continua a se mostrar insuficiente, reforçando a existência de um déficit crônico de pessoal na Caixa.

A Caixa fez acordo para chegar a 99 mil empregados até dezembro de 2013. No Distrito Federal, foram aprovadas 4.068 pessoas para o cargo de técnico bancário, mas até meados dezembro foram admitidos 412 desses.

O Sindicato reivindica mais agilidade nas contratações diante dos bons resultados da Caixa. A empresa teve lucro líquido de R$ 4,197 bilhões no período de janeiro a setembro, crescimento de 17,7% em relação ao mesmo período de 2011. A instituição divulgou que esse é o maior lucro apurado em nove meses iniciais de ano. Informou também que aumentou a participação no mercado de crédito para 14,5%, aumento de 2,7 pontos percentuais em 12 meses.

Outras reivindicações

Os empregados da Caixa também enfrentaram problemas por falta de estrutura física adequada nas unidades de trabalho durante o ano. O Sindicato reivindica a troca dos elevadores do Matriz I e melhores condições para o trabalhador em várias agências do DF.

Apertados, antigos e pouco confiáveis, os nove elevadores do Matriz I, sendo um privativo para a diretoria, estão causando grandes transtornos aos milhares de empregados que trabalham no edifício. O problema é antigo, mas recentemente foi agravado por conta de um vazamento de água, o que causou a interdição de dois equipamentos, fazendo com que os trabalhadores encontrem dificuldades para circular pelo prédio.

O Sindicato reivindica a troca dos elevadores por outros novos, já que a empresa apenas conserta as máquinas que em pouco tempo voltam a ter problemas no funcionamento. A entidade pediu providências para a Gerência de Filial de Logística em Brasília (Gilog).

Outra dificuldade que afligia, conforme denúncias dos trabalhadores, eram as agências em condições precárias de trabalho e atendimento. A temperatura elevada, que chega a 30º em vários locais devido ao mau funcionamento do ar-condicionado, deixou o ambiente insalubre.

A situação foi resolvida com a atuação do Sindicato que apontaou, com base em laudos técnicos em segurança do trabalho, o descumprimento da Norma Regulamentadora (NR) 17 do Ministério do Trabalho.

Fonte: Seeb Brasília

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