CUT Brasília se revigora com mais participação e unidade
A nova direção da CUT Brasília revigorou o papel da central e a ação dos sindicatos em 2012, estimulando a participação das entidades de base e promovendo a unificação das categorias e de suas lutas comuns.
Antes mesmo da sua eleição e posse, a direção passou a aproximar-se das bases, visitando cada sindicato filiado para conhecer a realidade e suas demandas. Do setor público ao privado, do campo à cidade, quase todos foram ouvidos, resultando numa proposta de atuação que foi aprovada pelas diversas categorias e que vem sendo colocada em ação com êxito.
Por meio desse trabalho, além da aproximação, houve a busca de unificação das lutas comuns em cada ramo e das gerais dos trabalhadores. A CUT Brasília garantiu apoio político e logístico às lutas, abriu espaços de negociações, contribuiu nas conversações das pautas de várias categorias e participou ativamente das campanhas gerais dos trabalhadores do DF e do país. Assim, vem conferindo mais representatividade à Central e contribuindo para maior visibilidade, organização e força de pressão das lutas.
Sob a liderança do jovem Rodrigo Britto, também presidente do Sindicato dos Bancários de Brasília, e o engajamento dos membros da nova direção, a CUT Brasília fortaleceu a ligação com os sindicatos cumprindo um cronograma de visitas às entidades ao longo deste semestre, bem como com a realização de encontros de dirigentes por ramos e de coletivos de segmentos de trabalhadores. Até então alguns sindicatos jamais haviam sido visitados por dirigentes da CUT. Com essa estratégia de trabalho, a nova gestão vem assegurando maior participação das entidades nas discussões e decisões. E, juntos, dirigentes da CUT Brasília e dos sindicatos asseguram maior mobilização em atividades nas ruas e nos locais de trabalho para defender pautas de interesse da classe trabalhadora e da sociedade de forma geral.
Como resultado positivo dessa atuação, as filiações de sindicatos também aumentaram no último semestre do ano, com a adesão de praticamente uma nova entidade sindical por mês à Central nesse período de gestão. Hoje são 79 sindicatos filiados.
Exemplo de solidariedade de classe e da busca da unificação de lutas, um dos primeiros atos realizados pela atual gestão foi a Assembleia Geral da Classe Trabalhadora do DF e Entorno no final de julho. Os participantes aprovaram, durante o encontro, a Plataforma de Lutas em defesa dos trabalhadores urbanos e rurais, do setor público e privado. A atividade reuniu dirigentes e militantes dos mais diversos ramos e serviu também como forma de defender e reafirmar a legitimidade da greve dos servidores públicos federais, que já ultrapassava um mês de paralisação.
As campanhas salariais do segundo semestre de 2012 também receberam atenção especial. Cerca de 30 sindicatos filiados participaram de uma plenária para debater o assunto. Durante o encontro, dirigentes criticaram a indisposição dos governos federal e distrital em negociar com os servidores públicos e reafirmaram a unidade das entidades sindicais na luta pela defesa da pauta de reivindicações de todas as categorias.
A inserção da CUT Brasília nas questões mais amplas da sociedade foi ressaltada com a realização de uma plenária nas vésperas das eleições municipais. Servidores públicos municipais e trabalhadores rurais do Entorno do DF se reuniram para formular uma Plataforma de Lutas, que foi entregue aos candidatos a prefeito e vereador dos municípios vizinhos à Capital. “Assim aprofundamos ainda mais a relação com os sindicatos e suas reivindicações setoriais e percebemos de forma mais ampla as necessidades dos trabalhadores no seu dia a dia e de suas famílias que fizeram parte da Plataforma de Lutas”, explica o presidente da CUT Brasília, Rodrigo Britto.
As difíceis campanhas deste ano do funcionalismo ligado ao governo local resultaram na organização do Fórum em Defesa dos Servidores Públicos do DF. Com a liderança da CUT Brasília, a assembleia dos sindicatos do Fórum no início de dezembro acabou de aprovar a pauta geral de reivindicações do funcionalismo distrital. O objetivo é, ressalvadas as reivindicações específicas de cada segmento dos servidores, avançar as lutas comuns em 2013 de forma unificada.
Formando novos sindicalistas
Sindicatos fortes são construídos também por militantes com formação permanente e continuada. Com essa certeza, a CUT Brasília está encarando esse desafio com o incremento do programa de formação sindical e o fortalecimento da Escola Centro-Oeste (ECO-CUT) Apolônio de Carvalho.
Paralelamente, preocupada com a inserção dos jovens no movimento sindical e na política, a CUT Brasília organizou o Coletivo de Juventude. Durante o encontro de lançamento em outubro, os participantes debateram também sobre a participação desse público como personagens ativos na formulação de políticas públicas para tornar o cenário social mais favorável.
“Somente com a inserção dos jovens nos espaços políticos, como direções sindicais e parlamento, será possível construir um modelo alternativo e democrático popular com horizontes transitórios para a sociedade”, destacou o secretário da Juventude da CUT Brasília, Douglas de Almeida.
Com base nessa curta, mas rica experiência, e na radiografia obtida por meio de minucioso questionário respondido por todos os filiados, os dirigentes cutistas realizaram Seminário de Planejamento no final de novembro, quando estabeleceram vinte metas e as formas de ação para, entre outros objetivos, obter o aumento da representatividade política e social da CUT Brasília, para reafirmar a imagem de central independente, autônoma e de lutas, para consolidar a unificação das lutas comuns dos sindicatos, a política de aproximação com os sindicatos, a ampliação das bases filiadas e a renovação e formação permanente de quadros.
CUT Brasília