Bancários denunciam reestruturações no BB à Bancada do DF no Congresso,

 

Para frear as reestruturações equivocadas capitaneadas pela diretoria do Banco do Brasil em Brasília, o Sindicato dos Bancários de Brasília entregou aos parlamentares da Bancada do Distrito Federal no Congresso Nacional ofício denunciando o esvaziamento das diretorias da instituição financeira na capital federal. Durante a reunião, realizada nesta quinta-feira (4), o diretor do Sindicato e membro do Comando Nacional dos Bancários, Eduardo Araújo, pediu que os deputados federais e senadores intercedam junto ao governo federal e ao banco para cessar as reestruturações, extremamente prejudiciais aos funcionários e seus familiares.

Confira, abaixo, a íntegra do ofício, enviado em 20 de março, aos parlamentares do DF:

O Banco do Brasil à revelia do movimento sindical e seus empregados, vem realizando um processo de reestruturação em razão da transferência de departamentos inteiros para outros estados, como São Paulo, ou mesmo o fechamento de grandes unidades e setores em Brasília.

Essa reestruturação reflete uma política equivocada de gestão do BB que, além tornar patente a desvalorização do funcionalismo, acaba por deixar de lado o papel primeiro da instituição, que é o de banco público e fomentador do desenvolvimento, bem como prejuízo para economia local com o fechamento dessas unidades, em Brasília, em virtude de emigração.

Diante disso, peço a Vossa Excelência que interceda junto ao Governo Federal, bem como junto à direção do Banco do Brasil S.A. no sentido de cessar esta reestruturação que somente vêm prejudicando seus funcionários e familiares.

Trabalhadores lotados na Diretoria de Crédito já estão em processo de transferência para São Paulo, num claro esvaziamento das unidades em Brasília. “A cidade que é sede do banco e capital do país está perdendo poder de decisão”, destaca Araújo, ao lembrar que os funcionários que optam por não serem transferidos podem perder até 70% de seus proventos.

Aos parlamentares, Eduardo Araújo, que também é funcionário do BB, informou que parte dos funcionários e das vagas do Centro de Suporte Operacional (CSO) já foram transferidos para Curitiba e outros locais.

Preocupado com o esvaziamento do BB em Brasília, a sobrecarga de trabalho e queda da renda dos bancários e bancários, Eduardo Araújo ainda frisou que o banco convocou apenas 10% dos 2.558 aprovados no concurso de 2012 para o Distrito Federal, enquanto a média nacional supera os 20%. “Se pelo menos 400 aprovados já tivessem sido chamados, a sobrecarga de trabalho seria minimizada”, acrescentou. “Além de esvaziar o poder na capital, o BB está reduzindo a renda dos trabalhadores e o número de bancários”.

Compromissos

Em resposta, os parlamentares assumiram o compromisso de realizar pronunciamentos nas bancadas da Câmara dos Deputados e do Senado para denunciar o esvaziamento promovido pelo BB no DF. Também prometeram enviar carta à Casa Civil e à presidenta Dilma Rousseff.

Deputados e senadores disseram ainda que vão requisitar informações à diretoria do BB. Para embasar os parlamentares, o Sindicato vai apresentar na segunda-feira (8) mais detalhes sobre as reestruturações.

Participaram da reunião os deputados federais Luiz Pitiman (PMDB), Erika Kokay (PT), Reguffe (PDT), Ronaldo Fonseca (PR), Izalci (PSDB) e Augusto Carvalho (PPS) e o senador Rodrigo Rollemberg (PSB). Embora não tenha mandado representante, o senador Cristovam Buarque (PDT) justificou sua ausência.

Sindicato está atento

As reestruturações impostas pela direção do BB têm sido pauta constante das mesas de negociação entre trabalhadores e empresa. O Sindicato está acompanhando o desenrolar de todos esses processos e mantém um canal de diálogo aberto com a direção da empresa, no intuito de evitar perdas para os trabalhadores envolvidos.

O papel de um banco público é o de atuar onde o setor privado reluta em atuar, corrigindo falhas de mercado e direcionando crédito para setores e regiões com o objetivo de promover o desenvolvimento econômico. “Nesse sentido, o governo federal precisa abrir os olhos para o que vem acontecendo no BB, sob pena de abandonar sua política social mais ampla, de desenvolvimento regional sustentável”, critica Araújo.

Prejuízos

As reestruturações sempre trouxeram a reboque uma série de prejuízos, não só para os funcionários neles envolvidos diretamente, mas em muitos casos também para a economia local, em razão da transferência de departamentos inteiros para outros estados ou mesmo o fechamento de unidades.

Essas reestruturações refletem uma política equivocada de gestão do BB que, além de tornar patente a desvalorização do funcionalismo, acaba por deixar de lado o papel primeiro da instituição, que é o de banco público e fomentador do desenvolvimento.

Fonte: Seeb Brasília

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