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Militantes cutistas fazem manifestações por juros menores e mais democracia

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Categoria: noticias

Publicado em Quarta, 27 Novembro 2013 00:43

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O presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, explicou que a linha adotada pelo país vai na contramão do crescimento. "Aumentar as taxas de juros para conter preços, a inflação, é uma política que os militares e os tucanos já faziam. Ela, ao contrário, não ajuda no crescimento do país. É um processo equivocado. O que precisamos é a construção da expansão, o que vinha sendo feito. Em outras palavras, necessitamos fortalecer o mercado interno com políticas públicas para que o Brasil consiga exportar, estruture uma economia forte, e não refratária como essa que ocorre hoje", disse.

"Temos que sensibilizar a sociedade e, fundamentalmente, a equipe econômica do governo para o fato de que essa política beneficia apenas a especulação financeira", explicou o presidente da CUT Brasília, Rodrigo Britto. Para ele, a atual política favorece os setores que mais vêm lucrando no país e joga de lado o crescimento da classe trabalhadora. Rodrigo enfatizou a necessidade da realização de uma conferência nacional, objetivando "a necessária regulamentação do sistema financeiro do país, para que este seja realmente voltado aos interesses da sociedade".

A pauta do ato foi além e reforçou a luta da CUT contra os projetos de lei 4330 e 87, em tramitação no Congresso Nacional, e que propõem a flexibilização e a precarização das relações de trabalho, objetivando um assalto aos direitos e à organização dos trabalhadores brasileiros.

Defesa da democracia e dos direitos humanos

Centenas de manifestantes, sendo quase a totalidade de CUTistas, marcharam do Banco Central, no Setor Bancário Sul, até o STF, na Praça dos Três poderes, onde chegaram debaixo de chuva após mais de uma hora e meia de caminhada. Segundo os inúmeros dirigentes sindicais que discursaram de cima do caminhão de som, à frente da passeata, o objetivo da manifestação foi repudiar o julgamento político verificado na Ação Penal 470 que condenou José Dirceu, José Genoíno e Delúbio Soares, entre outros.

Não faltaram críticas à execução, considerada ilegal por juristas, das penas aos condenados determinada pelo presidente do STF, Joaquim Barbosa. Segundo os dirigentes, foram cometidas atrocidades contra os condenados no processo, antes mesmo de os recursos deles serem apreciados.

Para os CUTistas, o julgamento da Ação Penal 470 constitui um ato de exceção, com objetivo político. Faz parte de um processo coordenado pelos grupos conservadores e do poder econômico para barrar os avanços dos setores populares. O julgamento, na opinião dos oradores, aplicou a chamada doutrina do domínio de fato, onde a interpretação dos fatos é que vale na ausência de provas. Está se acirrando o processo, alertam os dirigentes, de criminalização dos movimentos sociais e dos trabalhadores.

A passeata se juntou ao acampamento de militantes da juventude que se instalou ao lado do STF durante a madrugada. São os mesmos militantes que estavam há vários dias acampados próximo ao Presídio da Papuda, na chamada trincheira de resistência montada em solidariedade aos presos políticos, encarcerados ilegalmente por determinação de Joaquim Barbosa.

A manifestação terminou com palavras de ordem diante do STF em favor da libertação dos presos e a anulação do julgamento que estava com cerca de ferro, seguranças postados em todo o redor e com reforço da Polícia Militar.

Fonte: CUT Brasília

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