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“País vive momento singular”, frisa economista Marcio Pochmann

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“O Brasil está vivendo um momento singular, comparável a outros de forte tensão como fora as décadas de 1930 e 1980”. A constatação é do economista e professor da Unicamp Marcio Pochmann que, na terça-feira 8, abordou o tema Desenvolvimento Econômico, Distribuição de Renda e Avanços Sociais, em mais uma edição do Brasília Debate, promovido pelo Sindicato de Brasília em sua sede. 

De acordo com Pochmann, que também é presidente da Fundação Perseu Abramo e ex-presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), naqueles momentos o país soube dar passos importantes, reconstruindo sua maioria política e ao mesmo tempo construindo um projeto de desenvolvimento da nação.

“O ciclo político iniciado com a Nova República se esgotou. Estamos vivendo este esgotamento e a expectativa é que o governo tenha a capacidade de reconstruir sua maioria estabelecendo um projeto ousado para o Brasil nos próximos anos”, ressaltou o economista, ponderando: “Nós estamos muito limitados numa agenda de curtíssimo prazo”. Pochmann frisou que a desigualdade é uma marca do Brasil, embora a realidade social brasileira tenha melhorado expressivamente durante a última década, com a diminuição da exclusão social. “Contudo, a desigualdade regional continua marcante”, observou. 

Retrocesso

“No ano 2000 houve um retrocesso inclusive do índice econômico e social, porque o Brasil havia sido a 8ª economia nos anos 1980 e nesse ano retroagiu à posição de 13º país, e havia um quadro social mais alarmante do que em 1980 em virtude da expansão do desemprego”, citou o economista, lembrando que em 1980 a taxa de desemprego era de 2,7% da força de trabalho e no ano 2000 era de 15%.

Pochmann prosseguiu: “Na primeira década do século 21 houve um crescimento econômico significativo, combinado com democracia e política de distribuição de renda, de maneira geral. Isso nos permitiu, comparativamente aos últimos 50 anos, oferecer resultados significativos na década de 2000. Que foi uma década em que a desigualdade aumentou no mundo, mas em que o Brasil, de forma inversa, conseguiu reduzir, pelo menos, a desigualdade na renda do trabalho. Nós, que éramos o terceiro país mais desigual do mundo, hoje somos o décimo-sexto”. Leia a matéria na íntegra em sintraf-ride.org. 

 

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