Bancários do BB aprovam propostas e elegem delegação do DF para o 27º Congresso Nacional
Bancários do Banco do Brasil do Distrito Federal deram o pontapé inicial da Campanha Nacional 2016. Reunidos em assembleia na noite desta quarta-feira (8), na sede do Sindicato, os funcionários aprovaram as propostas específicas e elegeram 47 delegados e delegadas que representarão a base de Brasília no 27º Congresso Nacional dos Funcionários do BB.
O presidente do Sindicato, Eduardo Araújo, fez a abertura da assembleia, que se deu conjuntamente com bancários da Caixa, ressaltando a importância de unir forças “para a construção de uma Campanha Nacional sólida e que resulte em avanços para todos os trabalhadores, especialmente neste momento delicado que vive o país”.
No 27º Congresso Nacional, que será realizado entre os dias 17 e 19 de junho, em São Paulo, os trabalhadores irão discutir as propostas encaminhadas e, em conjunto com os trabalhadores da instituição de todo o Brasil, definirão a pauta específica que será entregue à direção do banco para a renovação do acordo aditivo à CCT.
“A defesa da democracia, da unificação dos bancários, das empresas públicas, da Previ e Cassi, além do combate à terceirização, são nossas pautas prioritárias. À luta, trabalhadores!”, convocou o diretor do Sindicato Rafael Zanon.
Eixos da campanha
Durante toda esta quarta (8), os delegados e delegadas sindicais do BB se reuniram no Sindicato para discutir as propostas de reivindicações da pauta específica. Confira os eixos de campanha, definidos pelos trabalhadores, que serão debatidos durante o 27º Congresso do funcionalismo:
- manutenção da Campanha Nacional Unificada em mobilização conjunta com outras categorias;
- defesa dos bancos públicos;
- luta contra a privatização;
- aumento real e valorização dos pisos salariais;
- combate ao desemprego, ao assédio moral e à terceirização;
- jornada de 6 horas;
- sustentabilidade da Cassi;
- defesa da Previ.
Todas as resoluções da assembleia serão divulgadas em breve pelo Sindicato, após a redação final do documento.
Bancários pela democracia
No decorrer da assembleia, os bancários fizeram intervenções e reforçaram a importância da unidade da categoria na luta em defesa da democracia e dos direitos da classe trabalhadora.
Joanna Alves
Colaboração para o Seeb Brasília
Assembleia da Caixa elege delegação do DF para o 32º Conecef
O Sindicato deu a largada para a Campanha Nacional 2016, nesta quarta-feira (8), durante assembleia específica dos empregados da Caixa Econômica Federal, na sede da entidade. A reunião deliberativa aprovou as propostas de reivindicações e os nomes de 41 delegados e delegadas (32 da ativa e 9 aposentados) do Distrito Federal para o 32º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa (Conecef), que ocorre de 17 a 19 deste mês, em São Paulo. No encontro será definida a pauta final de reivindicações para a renovação do acordo aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
O presidente do Sindicato, Eduardo Araújo, fez a abertura da assembleia que ocorreu em conjunto com os bancários do BB, ressaltando a importância de unir forças para a construção de uma Campanha Nacional sólida e que resulte em avanços para todos os trabalhadores, especialmente neste momento delicado que vive o país. Os trabalhadores aprovaram mais uma vez a estratégia de luta unificada para a campanha deste ano.
“A participação ativa e numerosa de empregados e empregadas da Caixa na assembleia e que se colocaram à disposição para participar do Conecef dá sinais de que podemos alcançar uma boa mobilização nesta campanha, que será crucial para o nosso futuro neste momento tão sensível em que o banco está sob ataque”, avaliou o secretário de Finanças do Sindicato, Wandeir Severo.
Wandeir, que também representa a Federação Centro-Norte (Fetec-CUT/CN) na Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE), que negocia com a empresa, esclareceu que a última rodada de negociações da mesa permanente do banco, no dia 2 deste mês, logo após a posse do novo presidente da instituição, não apresentou nenhum resultado. “Foi muito ruim porque a mesa negociou num clima de que não podia atender nada neste momento de incerteza”, disse ele.
Debates
Durante toda esta quarta-feira (8), os delegados sindicais da Caixa estiveram reunidos no Sindicato discutindo as propostas de reivindicações de Brasília, que serão agora encaminhadas para o Conecef após a aprovação pela assembleia. O Sindicato divulgará em breve todas as resoluções.
Mariluce Fernandes
Do Seeb Brasília
Seminário aponta ameaça de terceirização e demissões para bancários
A ameaça de terceirização e a diminuição de postos de trabalho no ramo financeiro foram os principais problemas levantados durante debate realizado pelo Sindicato na manhã desta quarta-feira (8), na abertura da reunião dos delegados sindicais, na sede da entidade. O encontro antecede as assembleias dos bancários do BB e da Caixa, que serão realizadas na noite desta quarta e definirão os delegados e as pautas específicas do DF para os encontros nacionais dos dois bancos públicos.
Como parte das discussões que nortearão a Campanha Nacional 2016, o debate foi conduzido pela economista e coordenadora da Rede Bancários do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Regina Camargos.
Ela apresentou uma reflexão coletiva realizada pela Rede Bancários do Dieese, elencando vários pontos que irão impactar definitivamente as relações dos bancos com clientes e, principalmente, com trabalhadores do setor.
De acordo com o estudo, segundo a economista, as formas de atendimento e de relacionamento com os clientes tenderão a ser cada vez mais digital, deixando as características de atendimento pessoal e presencial no passado.
Já os trabalhadores serão impactados drasticamente em várias questões: aumento da jornada de trabalho e do ritmo e intensidade das tarefas; mudança nas formas de remuneração; ampliação de escolaridade e competências exigidas; alargamento da faixa etária; e piora nas condições de trabalho, que irão afetar diretamente a saúde dos trabalhadores.
“Além de sofrerem com a pressão dos patrões, os bancários também passam por constrangimento junto aos clientes que acreditam que as mudanças são feitas por quem presta o atendimento nas agências. Isso afeta sensivelmente a saúde do trabalhador”, avaliou o presidente do Sindicato, Eduardo Araújo.
Impactos da reestruturação
Ainda segundo o estudo, em relação ao tema reestruturações, os bancos lançam mão dessas medidas impulsionados por mudanças socioeconômicas locais e globais, de natureza conjuntural e estrutural que envolve, entre outras questões, queda ou elevação da inflação e da taxa de juros, mudanças culturais e geracionais, tendências mundiais do setor e ciclos de crescimento e de crise do capitalismo.
Para se reestruturarem, os bancos se apoiam em três pilares: novas tecnologias, eliminação de postos de trabalho via terceirização e mudança no foco do negócio. “Os banqueiros são os mais interessados na terceirização. O principal alvo agora é eliminar a função de caixa nos bancos, transformando esse cargo em apenas um prestador de serviço. Essa é uma onda que vai levando embora gente, sonhos e esperança de vagas de emprego.”
Regulação e novas tecnologias
Em um balanço da situação no setor financeiro desde a década de 80 até os dias atuais, Regina destacou diversos problemas para a categoria bancária. “Os bancários vêm passando por um processo de mudanças ininterrupto desde o final dos anos 80, respondendo às inovações tecnológicas implantadas pelo setor. Isso tem fortes impactos na ação sindical e na negociação coletiva.”
Outro ponto que impulsiona a reestruturação no setor tem a ver com as mudanças regulatórias externas e internas. “O papel dos bancos passou a ser apenas o de vendedor de produtos e serviços financeiros. O regulador do sistema, que é o Banco Central, não tem respondido a essas mudanças. Primeiro ocorre a mudança e só depois vem o regramento. É preciso cobrar uma regulação mais severa sobre essas novas tecnologias.”
Entre as mudanças das últimas duas décadas, foram elencadas a massificação das tecnologias de autoatendimento pela internet (52% dos clientes usam smartphones e 32%, agências e ATMs); a proliferação de correspondentes bancários, chamada terceirização para fora; e a eliminação de cartões magnéticos pelas tecnologias de aproximação, com a disseminação das máquinas POS de última geração acopladas aos celulares.
Modelo de remuneração
Para remunerar a categoria que passou a prestar serviços de venda e consultoria, baseados em cumprimento de metas, a economista acredita que é preciso estabelecer melhores critérios para a distribuição de PLR. “É importante repensar este modelo e fazer mudanças sistêmicas para aumentar o ganho dos bancários.”
Agências digitais
Sobre as agências digitais, Regina Camargos aponta: “Este é um mega-problema, pois desconstrói totalmente a jornada do bancário. O rodízio das horas de serviço é arbitrário e não existe nenhuma regra sobre o novo serviço implantado, o que dá margem para os bancos burlarem até mesmo a legislação trabalhista.”
Rosane Alves
Do Seeb Brasília
Em Encontro Nacional, funcionários do Itaú repudiam demissões

“O Itaú deveria investir na qualidade dos serviços prestados a seus clientes e parar com essa política absurda de demissão”, defende a secretária de Assuntos Parlamentares do Sindicato, Louraci Morais (ao centro na foto), que integra a Comissão de Organização dos Empregados (COE) do banco e participou do encontro.
Louraci acrescenta que, no DF, foram demitidos mais de 30 bancárias e bancários somente este ano. No Brasil, desde 2011, o Itaú já fechou 21 mil postos de trabalho.
Remuneração e segurança
Na minuta aprovada, que será entregue ao banco, estão reivindicações sobre emprego, saúde, remuneração, condições de trabalho, previdência privada, segurança e igualdade de oportunidades.
O balanço do banco referente ao primeiro trimestre de 2016 mostra que a holding encerrou março com 82.871 empregados no país, com redução de 2.902 postos de trabalho em relação ao mesmo período de 2015. Foram abertas 74 agências digitais e fechadas 154 agências físicas no país entre março de 2015 e março de 2016, totalizando, ao final do período, 3750 agências físicas e 108 digitais.
O fechamento de agências físicas e a ampliação das digitais vêm promovendo a eliminação de postos de trabalho e sobrecarregando quem permanece no emprego. O Itaú está estendendo as transações pelos canais digitais em todo o Brasil.
Mariluce Fernandes
Do Seeb Brasília
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