Associados escolhem comissão que conduzirá processo eleitoral para diretoria do Sindicato de Brasília para triênio 2016/2019
Em assembleia geral ordinária realizada na quarta-feira (16) na sede do Sindicato de Brasília, 345 associados elegeram, por voto, os cinco representantes para compor a Comissão Eleitoral que coordenará o processo de eleição da nova diretoria para o triênio 2016/2019, conforme prevê o caput do artigo 81º do Estatuto da entidade.
Durante a assembleia, espaço democrático de debate da categoria bancária, duas chapas se inscreveram para disputar a composição da Comissão no sistema de proporcionalidade (a cada 20% dos votos é indicado 1 membro), de acordo com o Estatuto.
Após aberto o prazo de inscrição de chapas, foram dados informes da agenda da categoria, como os protestos realizados na segunda (14) contra o PLS 555 (Estatuto das Estatais), que tramita no Senado (ver matéria nesta edição), e a realização da Plenária de Análise de Conjuntura Política, que foi realizada na quinta-feira (17), no Teatro da Escola Parque 308 Sul (leia matéria na capa).
Encerrado o prazo de composição de chapas, foram apresentadas duas listas para disputar as cinco vagas na Comissão Eleitoral, sendo eleitos os integrantes da Chapa dos Bancários, com 289 votos (87,6%), contra 41 votos (12,4%) da Chapa Oposição Bancária. São eles: Carlos Cordeiro, Conceição Costa, José Amadeu Antunes Alvarenga, José Avelino Barreto e Jose Francisco Soares.
Em nome da Comissão eleita e empossada, os bancários Carlos Cordeiro e José Amadeu se comprometeram com a lisura, a independência e a transparência na organização de todo o processo eleitoral.
Com a escolha e a posse da Comissão Eleitoral, o processo de eleição da nova diretoria do Sindicato de Brasília foi iniciado. Nos próximos dias, os membros da Comissão se reunirão e definirão o cronograma eleitoral.
Confira, abaixo, a íntegra do caput do artigo 81º do Estatuto do Sindicato de Brasília:
Seção I – Composição e formação da Comissão Eleitoral
Art. 81° - O Processo Eleitoral será coordenado e conduzido por uma Comissão Eleitoral composta de 05 (cinco) membros eleitos em Assembleia Geral, por chapa, assegurando-se participação proporcional para as chapas que atinjam acima de 20% de votos na assembleia.
Comissão de negociação cobra responsabilidade do BB com a Cassi
Em reunião realizada na segunda-feira (21), a Comissão de Negociação das Entidades de Representação dos Funcionários e aposentados deram continuidade às negociações com o Banco do Brasil acerca da Cassi. Os representantes dos funcionários cobraram do banco respostas quanto à finalização dos projetos que compõem as ações estruturantes e também sobre o banco fazer os investimentos necessários para concretização desses projetos de sustentabilidade, apresentados pelos representantes dos funcionários durantes as negociações.
Na reunião anterior foi apresentada ao banco proposta de antecipação de contribuições para que se tenha um reforço de caixa emergencial na Cassi, de forma a garantir o bom funcionamento da Caixa de Assistência e as negociações se concentrem nas soluções de longo prazo. O banco informou que não fará aporte de recursos na Cassi, por isso ter impacto muito significativo nas demonstrações contábeis e que no financiamento dos projetos, na forma apresentada pelo banco anteriormente, com a proposta que previa a constituição de um fundo, havia boa condição para fazer os investimentos.
A Comissão de Negociação cobrou do banco que fizesse a conclusão dos projetos conforme promessa da empresa, para se chegar a um acordo quanto à precificação e projeção de ganhos com os projetos, algo que o BB havia questionado em rodadas anteriores.
O banco explicou que os projetos foram realmente apresentados no âmbito da Cassi e houve impasse sobre precificação, que é um passo importante na elaboração. Insistiu que a conclusão dos projetos somente poderia ser feita no âmbito de uma proposta estruturante, sem de fato explicar que proposta seria essa.
Para Rafael Zanon, representante da Fetec-CUT/CN na Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, ficou clara, na negociação, a estratégia do banco em querer fugir da responsabilidade pela gestão da Cassi e tentar dividir as entidades, quando retrocedeu quanto à validação dos projetos apresentados pelos representantes dos funcionários há mais de um ano na Cassi e na mesa de negociação desde maio. “O BB utiliza a estratégia de atrasar a implementação das estratégias estruturantes, que trarão equilíbrio à Cassi, para criar um clima de tensão entre o funcionalismo. Além disso tentou culpabilizar as entidades, tentando enfraquecer a unidade até então construída”, reforça Rafael Zanon.
Embora destacando que está preocupado com a situação do caixa da Cassi, o banco registrou que a questão está sendo debatida na governança da Caixa de Assistência. Portanto, no entendimento do movimento sindical, houve um retrocesso em relação à rodada anterior, quando o banco sinalizou com a possibilidade de investimento pela empresa para implantação das medidas estruturantes.
Os representantes das entidades cobraram do banco sua responsabilidade com a Cassi, já que há quase um ano os projetos foram apresentados e o banco posterga a validação dos cálculos, de responsabilidade da área financeira, de indicação do BB.
O banco informou que não fará antecipação de contribuições sem uma proposta estruturante e deixou claro que não pretende, em nenhuma hipótese, elevar contribuição referente aos aposentados.
A reunião foi marcada por momento de tensão, quando foi feito inclusive pedido de intervalo pelas entidades, uma vez que a diretoria do banco estabeleceu o rito do retrocesso para conduzir a negociação, principalmente quanto à participação nos projetos de ações estruturantes.
O banco afirmou que não havia consenso na Comissão de Negociação quanto à proposta de custeio, mas não apresentou nenhuma proposta nova.
Na proposta anteriormente apresentada pelo banco, a Comissão de Negociação, por consenso, já afirmou ao BB que não concorda com rateio de déficit que quebre a solidariedade e que na proposta do fundo não há acordo da forma como apresentada pelo BB.
Após o intervalo e cobrada a manifestação do banco a respeito da sua avaliação dos projetos denominados de medidas estruturantes, o BB concordou em se reunir, nos próximos dias, com os diretores eleitos para uma apresentação mais detalhada e ajuste de procedimentos para avaliação.
As entidades farão debates internos com os funcionários e aposentados sobre a continuidade das negociações e nova rodada está prevista para o dia 19 de janeiro.
Boletim da Cassi destaca avanços na gestão participativa em 2015
A Cassi, por meio da Diretoria de Saúde e Rede de Atendimento, realizou 19 Pré-Conferências e 17 Conferências de Saúde dos Conselhos de Usuários em 2015, na construção de uma gestão democrática, transparente e participativa.
O recém divulgado 18º boletim “Prestando Contas Cassi”, dos conselheiros e diretores eleitos pelos associados, destaca que os bons resultados foram alcançados com o engajamento dos Conselhos de Usuários estaduais na divulgação prévia das Conferências, realizadas a cada dois anos, em conjunto com as Unidades Cassi, com o apoio da Anabb, dos Sindicatos de Bancários, de entidades representativas locais e da Diretoria de Saúde e Rede de Atendimento. O que resultou na maior média de público por Conferência, com total 2.097 participantes.
Acesse a versão online do boletim em bancariosdf.com.br.
Comissão Executiva cobra cumprimento de acordo referente ao Saúde Caixa
A CEE/Caixa reivindica a implementação do que foi acordado em mesa permanente sobre o uso do superávit do plano de saúde. Redução de coparticipação, inclusão de remoção por ambulância e extensão de programas de qualidade de vida foram as três ações definidas
Na quarta-feira (23), a Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa) enviou ofício à Caixa Econômica Federal solicitando informações sobre as providências para o cumprimento do compromisso assumido em mesa de negociação permanente, no sentido de dar ampla divulgação aos trabalhadores do banco em relação às medidas apresentadas como forma de utilização do superávit do Saúde Caixa.
A Cláusula 42 do ACT 2014/2015 definiu a data de 15 dezembro do ano passado como limite para apresentação de solução para uso dos recursos. A ideia era implementar as ações a partir de janeiro de 2015. O debate, porém, se estendeu até 15 de maio, e a proposta somente foi remetida à mesa permanente na reunião de 26 de maio. Uma das medidas definidas foi a redução do percentual de coparticipação de 20% para 15%. Apesar da insistência da Contraf-CUT, a Caixa se dispôs a implementar a alteração apenas a partir de janeiro de 2016.
Foram elencados mais dois itens, igualmente homologados na mesa permanente: inclusão de remoção por ambulância como um novo procedimento no rol de serviços oferecidos pelo plano, e extensão de programas de qualidade de vida aos dependentes e titulares aposentados e pensionistas, com custos arcados pelo Saúde Caixa, nos moldes dos que são integralmente custeados pela Caixa para os empregados.
Definiu-se ainda o prazo de 31 de julho de 2015 como limite para conclusão dos debates do GT para detalhamento da implantação das medidas. Não foi realizado, porém, mais nenhum encontro com esse objetivo, permanecendo o debate no mesmo estágio. Também não houve avanço algum durante a Campanha Nacional dos Bancários 2015.
“Na negociação da campanha salarial, propusemos que os itens aprovados fossem incluídos no ACT. A Caixa não concordou e limitando-se a renovar a cláusula que prevê o GT temático sobre o Saúde Caixa, sem fazer qualquer referência aos avanços obtidos durante o ano de 2015. Por isso, por exemplo, não houve mudança na cláusula 27 do ACT 2015/2016, ficando mantido o percentual de coparticipação em 20%”, explica Fabiana Matheus, coordenadora da CEE/Caixa.
No ofício enviado à Caixa, a Comissão Executiva dos Empregados pondera que é urgente a formulação de um aditivo contemplando a redução da coparticipação, a fim de se viabilizar os termos da negociação, para que o banco não incorra em descumprimento de acordo coletivo. Já em relação aos dois outros itens definidos, a CEE considera imprescindível a retomada dos encontros do GT nos primeiros dias de 2016, visando viabilizar o detalhamento das alterações e sua implantação imediata.
Contra PLS 555, Fetec mobiliza bancários e faz protesto em defesa da Caixa
O Sintraf-RIDE e outras entidades sindicais, como a Fetec-CUT/CN participaram na segunda 14 do Dia Nacional de Luta em Defesa da Caixa 100% pública e contra o PLS 555/2015, que abre o capital das empresas estatais.
“Este projeto não irá destruir apenas a Caixa, um banco público que realmente serve à sociedade brasileira, mas irá privatizar outras estatais. Estamos juntos com outros Sindicatos do país em defesa das estatais”, garantiu o presidente da Fetec, José Avelino.
Entre as empresas ameaçadas pelo PLS 555/2015, além da Caixa, estão Banco do Brasil, BNDES, Correios, Petrobras e outras estatais federais, estaduais e municipais.
Diretor da CUT Nacional e secretário de Formação da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Centro Norte (Fetec-CUT/CN), Jacy Afonso lembrou que o Sindicato luta fortemente contra a abertura do capital da Caixa desde a posse da nova presidente do banco. “Mas é importante perceber que, na prática, a Caixa está abrindo seu capital quando vende partes acionárias de empresas que fazem parte do grupo.”
“Estamos atentos contra essas artimanhas conservadoras do Congresso Nacional. A aprovação do projeto que trata da Lei Geral das Estatais (PLS 555/2015) será um grande retrocesso para o Brasil, por isso o tema precisa ser amplamente debatido”, afirmou o diretor da Fetec-CUT/CN Enilson da Silva.
Condições de trabalho
O Sindicato também cobra da Caixa mais contratações e o fim do assédio moral. Enilson, que é funcionário da empresa, lembrou que o banco dispõe de um contingente de mil aprovados no concurso de 2014. “Muitas pessoas já foram até convocadas, mas o banco insiste em não contratá-las. O número insuficiente de empregados prejudica os clientes, que sofrem com as intermináveis filas, e sobrecarrega os empregados, levando-os ao adoecimento”, lamenta Enilson.
Sobre o assédio moral, Enilson afirmou: “O Sindicato quer livrar a categoria dessa praga que tem provocado o adoecimento de muitos bancários. Não dá mais para aceitar o assédio moral, que afronta a dignidade e a honra dos trabalhadores”.
Também participou do ato o diretor da Fetec-CUT/CN Francinaldo Costa.
A votação do PLS 555 foi adiada para o ano que vem.
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