Sabatina para nova presidência do BRB não dissolve dúvidas
Conforme o Sindicato dos Bancários de Brasília já se posicionou na primeira hora do anúncio da demissão de Jacques Pena da presidência do BRB, a segunda troca em menos de dois anos, permanece acesa a pergunta ao governador Agnelo Queiroz: Por quê? Quais as razões? Qual a motivação administrativa e técnica? Houve alguma falha na gestão?
Para quem entende o mínimo de mercado financeiro, do sistema bancário e da história e posição atual do Banco de Brasília, do compromisso, do profissionalismo e das lutas do seu corpo de funcionários, essas perguntas só aumentaram de grau diante da sabatina do presidente indicado, Abdon Henrique, realizada pela Comissão de Economia, Orçamento e Finanças (CEOF) da Câmara Legislativa do Distrito Federal na quarta-feira (31).
Após a sabatina, o nome de Abdon Henrique foi aprovado pelo plenário da Comissão. No entanto, para ser sacramentado como presidente do BRB, a indicação ainda precisa ser deliberada pelo plenário da Câmara Legislativa e pelo Banco Central.
Durante a sabatina, acompanhada de perto pelos dirigentes sindicais bancários, ficou visível a falta de substância das respostas do indicado. “Em geral, lacônicas, no máximo alcançando o nível da generalidade, passando por critérios técnicos, tais como: amigo do governador, dos deputados distritais, homem de trabalho e boa fé, disposto a aprender, não vai dar aula de finanças, mas seu histórico de empresário comerciante o credenciaria a honrar a responsabilidade delegada pelo amigo governador”, comenta o diretor do Sindicato, André Nepomuceno, que acompanhou a audiência pública da CEOF. “Aliás, é de estranhar muito a ausência de currículo detalhado na mensagem enviada pelo governo à Comissão”, acrescentou o dirigente sindical, que também é bancário do BRB.
Atenção, deputados
O Sindicato, mas não só o Sindicato, não viu ainda pontos minimamente suficientes para cumprir com o requisito de um corpo dirigente com base técnica e profissional.
“Por isso, alerta para o conjunto de deputados, que não analisaram a indicação nesta quarta (31) mesmo por falta de quórum, que prestem atenção cuidadosa nos pressupostos de Abdon Henrique para o cargo, comparem com as sabatinas anteriores e os conteúdos e domínio expressados pelos então candidatos à liderança do banco, e não negligenciem a sua tarefa de zelar pela melhor administração, visando os mais altos interesses da instituição e de sua função pública”, destaca o secretário de Estudos Socioeconômicos do Sindicato, Antonio Eustáquio, que também é bancário do BRB.
Pelo porte e pela importância que tem como instituição pública de fomento ao desenvolvimento, o BRB não é lugar para testes e aprendizes. Seguindo esse raciocínio, uma pergunta fica no ar: o governador, que é médico, daria um hospital para qualquer pessoa sem experiência em administrar?
Sindicato exige compromissos
Em nota distribuída aos parlamentares, funcionários do banco e assessores que acompanharam a sabatina, o Sindicato dos Bancários de Brasília exige de quem vier a ser presidente do BRB, além de capacidade técnica e política, compromisso com a transparência, a lisura e a ética.
No texto, os dirigentes sindicais afirmam que um banco se insere em um dos mais concorridos mercados em nossa economia. “Sendo assim, qualquer deslize que coloque em xeque sua capacidade de gerar caixa, honrar compromissos e disponibilizar produtos diferenciados pode ser fatal para sua sobrevivência”, diz a nota.
O Sindicato está vigilante, entende que mais essa descontinuidade administrativa, considerada ainda a forma açodada como foi comunicada pelo governador, é negativa, quebra a cadeia de ações que vinha sendo positiva na empresa e levanta muita dúvida.
Junto aos funcionários e a todos os atores que têm a responsabilidade de primar por uma gestão profissional e ética, ainda mais diante do contexto de mercado e de gestão financeira, o Sindicato envidará todos os esforços para que se entenda que o BRB não precisa de ‘curingas’ amigos do governador para fazer a experiência de administrar.
O Sindicato continua a solicitar explicações e a acompanhar rigorosamente as próximas medidas, como sempre fez, independentemente dos mais diversos governos e gestões.
Fonte: Seeb Brasília
Sindicato denuncia BB à Superintendência Regional do Trabalho por retaliação aos grevistas
Em resposta à postura antissindical e assediadora dos diretores do Banco do Brasil contra quem fez greve neste ano, o Sindicato dos Bancários de Brasília encaminhou, na quinta-feira (25), denúncia à Superintendência Regional do Trabalho sobre as ilegalidades cometidas pela instituição financeira. No próximo dia 5 de novembro, o Sindicato se reúne com o superintendente Regional do Trabalho, Maurício Alves Dias, para tratar da denúncia.
Sindicato de Brasília repudia tentativa da direção do BB de calar a entidade
A direção do Banco do Brasil, além de lesar direitos dos seus funcionários, também tenta intimidar e calar o Sindicato dos Bancários de Brasília com ameaça de ações judiciais. A direção do Sindicato repudia as investidas do banco nesse sentido e não se curvará a atos de censura que violenta o legítimo direito de expressão e manifestação e de defesa da categoria bancária.
Em encontro de Conselhos de Usuários, diretora eleita debate projetos de melhorias de serviços da Cassi
Preservar a Cassi é garantir a sua saúde. Este foi o tema norteador dos debates do VI Encontro Nacional dos Conselhos de Usuários da Cassi, o plano de saúde dos funcionários do Banco do Brasil, que teve início nesta quarta-feira e terminou nesta quinta (25) em Brasília. O encontro, que contou com programação extensa, incluindo palestras e discussões sobre os principais assuntos de interesse dos associados, foi uma oportunidade de debate sobre os temas relacionados ao fortalecimento da participação social das práticas de saúde e à participação dos beneficiários no processo de melhoria dos serviços oferecidos pela Cassi.
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