Bancários querem discutir com Bradesco programa de retorno ao trabalho
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- Publicado em Segunda, 23 Fevereiro 2015 19:52
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A Contraf-CUT promoveu na terça-feira (10) uma reunião da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco, na sede da entidade, em São Paulo, onde foram discutidas várias reivindicações dos trabalhadores em negociação com o banco. Estiveram em pauta questões como o programa de "reabilitação" profissional, auxílio-educação, acordo de ponto-eletrônico. O Dieese fez também uma análise do balanço de 2014.
A COE retomou o tema do retorno ao trabalho tomando por base a proposta elaborada e apresentada pelo Bradesco no ano passado. "O programa do banco, além de conter inúmeros problemas em relação às legislações vigentes, prioriza a adaptação do trabalhador ao local de trabalho e não prevê a mudança do ambiente estrutural e das condições de trabalho para receber o bancário que ficou afastado", afirma Walcir Previtale, secretário de Saúde do Trabalhador da Contraf-CUT.
"Nós já tivemos vários encontros com o banco sobre o tema e queremos continuar discutindo até que a proposta tenha como objetivo a saúde do trabalhador", ressalta Elaine Cutis, diretora da Contraf-CUT e coordenadora da COE do Bradesco.
A reunião contou também com a participação da advogada Leonor Poço, assessora jurídica da Contraf-CUT e especialista em Saúde do Trabalhador.
Programa de "reabilitação" tem muitos problemas
Segundo Walcir, a proposta apresentada pelo Bradesco possui muitos problemas. Ele destaca:
- não está em sintonia com a Norma Internacional SA 8000, que inclui todos os requisitos para uma correta avaliação das condições do local de trabalho;
- fere a legislação nacional e internacional, especialmente quando desconsidera as Convenções da OIT das quais o Brasil é signatário;
- descumpre a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) por interferir no afastamento dos trabalhadores e não garantir a participação do sindicato e dos próprios trabalhadores no processo;
- reforça a "gestão dos atestados médicos" ao querer que as entidades sindicais assinem Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) permitindo ao médico do trabalho tal atribuição;
- não contempla nenhum mecanismo de controle do programa por parte dos sindicatos, CIPAs e dos próprios "reabilitandos";
- reforça a questão da "readaptação" dos trabalhadores às condições de trabalho. O correto é a "readaptação" dos processos e organização do trabalho às condições do ser humano.
- não informa qual o universo de homens e mulheres farão parte do programa. Quantas pessoas são? Afastados ou não? Afastados por acidente do trabalho ou doença comum? Tempo de banco? Função? Classificação Estatística Internacional de Doença (CID) que ocasionou o afastamento?
A Contraf-CUT está solicitando uma reunião com o Bradesco para o começo de março para tratar do assunto. "Vamos elaborar um documento apontando todos esses problemas e protocolar junto ao banco", destaca Walcir.
"A expectativa dos bancários é que o banco mostre disposição para corrigir essas distorções e possa junto com o movimento sindical construir um programa que dialogue com a realidade enfrentada por esses trabalhadores", projeta o diretor da Contraf-CUT.
Lucro possibilita mais empregos e novas conquistas
Durante a reunião, o Dieese fez uma apresentação detalhada do balanço de 2014, frisando o lucro recorde de R$ 15,359 bilhões, crescimento de 25,9% em comparação com 2013.
Em relação ao terceiro trimestre, o Bradesco registrou alta foi de 4,6%, com lucro de R$ 4,132 bilhões. O retorno anual sobre o patrimônio líquido médio foi de 20,1% (2,1 pontos percentuais a mais do que em dezembro de 2013).
Apesar dos ganhos mais que satisfatórios, o banco fechou 4.969 postos de trabalho em 2014, andando mais uma vez na contramão da economia brasileira, que no ano passado gerou 396.993 novas vagas.
Conforme o Dieese, o número de empregados da holding em dezembro de 2014 foi de 95.520, contra 100.489 funcionários em dezembro de 2013 , representando uma queda de 4,9%.
"Não há justificativa para que o Bradesco, com esse lucro gigante, tenha fechado quase 5 mil postos de trabalho. Não vamos admitir esta postura do banco, que tenta ganhar ainda mais com a rotatividade dos bancários, quando demite um antigo funcionário para substituir por outro com salário menor. O banco tem todas as condições de gerar novas vagas e melhorar as condições de trabalho e de atendimento aos clientes", ressalta Andrea Vasconcelos, secretária de Políticas Sociais da Contraf-CUT.
"Com todo esse lucro e as recentes mudanças estruturais, esperamos que o Bradesco mude também o processo de diálogo e de negociações específicas com o movimento sindical e passe a atender as demandas dos trabalhadores, como o auxílio-educação que há muitos anos estamos reivindicando", aponta Elaine
Acordo de ponto eletrônico
A renovação acordo coletivo sobre sistema alternativo eletrônico de controle de jornada de trabalho também foi discutido. O acordo vence no final de fevereiro. A Contraf-CUT enviou nesta quinta-feira (12) orientações aos sindicatos para que realizem assembleias dos empregados do Bradesco até o dia 23.
"O banco está fazendo testes para que o ponto seja atrelado ao sistema, o que trará eficiência ao processo de trabalho. Infelizmente ainda há casos de colegas que batem o ponto e continuam trabalhando diante do excesso de serviços, o que não pode acontecer", salienta Elaine.
Fonte: Contraf-CUT
Itaú paga PLR cheia na sexta (27) com diferença de PCR
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- Publicado em Segunda, 23 Fevereiro 2015 19:50
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O Itaú vai pagar a segunda parte da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) somente na folha da próxima sexta-feira (27). O banco também vai creditar uma diferença de R$ 100 da Participação Complementar de Resultados (PCR).
Apesar de ter obtido um lucro bilionário, fruto do empenho e dedicação dos funcionários, o Itaú não acatou a proposta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) de antecipar o pagamento para antes do carnaval.
Com lucro líquido recorrente de R$ 20,6 bilhões em 2014, o que representa um crescimento de 25,9% em relação a a2013, o Itaú efetuará o pagamento da PLR cheia, equivalente a 2,2 salários, limitado a R$ 21.691,82, descontados os valores antecipados na antecipação feita em outubro do ano passado.
Além disso, será paga a parcela adicional da PLR, correspondente à distribuição de 2,2% do lucro líquido entre todos os trabalhadores, no teto de R$ 3.675,98, também descontarão o que foi adiantado em 2014.
Confira, abaixo, como será feito o pagamento da PLR:
Regra básica - 2,2 salários, com teto de R$ 21.691,82.
Haverá o desconto da antecipação realizada, que foi de 54% do salário mais o valor fixo de R$ 1.102,79, limitado a R$ 5.915,95.
Parcela adicional - R$ 3.675,98.
Haverá o desconto da antecipação realizada, que foi de R$ 1.837,99.
PCR
O Itaú vai pagar também uma diferença de R$ 100 de PCR.
O acordo coletivo assinado com o banco em 2013, com validade de dois anos, garantiu um valor mínimo de R$ 2.080 de PCR em 2014, creditado em outubro do ano passado.
Ocorre que o retorno sobre patrimônio líquido (ROE) foi superior a 23%, atingindo 24,7%. Com isso, conforme o acordo, a PCR passa a ser de R$ 2.180, fazendo com que cada funcionário receba uma diferença de R$ 100.
A PCR não sofre desconto da PLR.
Fonte: Contraf-CUT
Lucro ajustado do BB cresce 9,6% e atinge R$ 11,3 bilhões em 2014
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- Publicado em Segunda, 23 Fevereiro 2015 19:48
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O Banco do Brasil divulgou na manhã desta quarta-feira (11) o balanço de 2014 com lucro ajustado (ou recorrente, que exclui fatores e eventos extraordinários, como os ganhos com o IPO da BB Seguridade, ocorrido em 2013) de R$ 11,343 bilhões, o que representa alta de 9,6% (o ganho nas mesmas bases um ano antes foi de R$ 10,3 bilhões).
Conforme informações da imprensa, no quarto trimestre do ano passado o BB registrou lucro líquido de R$ 3 bilhões. Na comparação com o terceiro trimestre, quando o montante ficou em R$ 2,8 bilhões, houve incremento de 4,7% no lucro líquido.
A remuneração dos acionistas no fechamento do ano atingiu R$ 1,2 bilhão, o que equivale a 40% do lucro líquido.
O crédito imobiliário cresceu 59,1% em dezembro de 2014 na comparação com o mesmo período do ano anterior, atingindo saldo de R$ 38,8 bilhões.
O financiamento às empresas cresceu 74% em um ano, representando R$ 10,3 bilhões. Em relação às pessoas físicas, houve aumento de 54,3% no mesmo período, um saldo de R$ 28,5 bilhões.
No acumulado de 12 meses, o BB desembolsou R$ 19 bilhões nas operações imobiliárias. O montante representa uma elevação de 34,1% na comparação com 2013. O resultado indica que o banco aumentou sua participação de mercado no último ano de 6,2% para 7,7%.
O crédito para empresas cresceu 9,9% no fechamento do ano passado, com um valor de R$ 354,1 bilhões. Na comparação com o trimestre anterior, o valor representa uma elevação de 3,5% no valor do crédito.
O saldo da carteira de crédito relacionado ao segmento de micro e pequenas empresas (com faturamento bruto anual de até R$ 25 milhões) alcançou R$ 102,2 bilhões, um crescimento de 2,4% em 12 meses.
Em relação à inadimplência, os índices do BB ficaram abaixo dos patamares do Sistema Financeiro Nacional. No fechamento de dezembro, as operações vencidas há mais de 90 dias representavam 2,03% da carteira de crédito. No mesmo período, o sistema nacional registrou índice de 2,9%.
Análise do Dieese
A subseção do Dieese na Contraf-CUT já está analisando o balanço do BB de 2014, cujo resultado será divulgado ao longo desta quarta-feira.
Pagamento da PLR
Com a publicação do balanço, a Contraf-CUT reivindica o pagamento da PLR do segundo semestre de 2014, dentro da maior brevidade possível.
Fonte: Contraf-CUT com EBC e G1
Eleitos da Cassi buscam apoio dos sindicatos para negociar com o BB
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- Publicado em Segunda, 23 Fevereiro 2015 19:48
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Os dirigentes eleitos da Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil divulgaram nesta sexta-feira 13 a edição número 8 do boletim Prestando Contas Cassi, no qual relatam os esforços que estão desenvolvendo junto às entidades sindicais e associativas para organizar o movimento em defesa da entidade e negociar com o BB uma solução para a sustentabilidade do plano de saúde.
Uma das ações na construção da unidade na defesa da Cassi e manutenção do modelo de solidariedade foi o encontro realizado na AABB em Brasília, dia 9 de fevereiro, organizado por entidades nacionais como Contraf-CUT, Anabb, AAFBB, APABB, Contec e FAABB, do qual participaram diretores e conselheiros eleitos pelo corpo social e 103 representantes de 63 entidades representando os funcionários da ativa e aposentados.
Outro debate foi feito pelos eleitos da Cassi na sede da Anabb, em Brasília, no dia 22 de janeiro. Também estiveram em 17 de dezembro com a Comissão de Empresa dos Funcionários, da Contraf-CUT, para dar informações sobre as propostas dos eleitos contrárias às do BB, que quer aumentar as contribuições e reduzir direitos. E os sindicatos divulgaram aos funcionários da ativa dois boletins Espelho Cassi em dezembro e janeiro.
A Contraf-CUT, a pedido dos eleitos, vai organizar um encontro de saúde com os sindicatos em março, para ampliar o debate na ativa. "É hora de todos se envolverem para fortalecer a Cassi, uma das maiores conquistas do funcionalismo do Banco do Brasil", pedem os dirigentes eleitos no boletim número 8 Prestando Contas Cassi.
"Os diretores e conselheiros eleitos estão percorrendo o país desde o semestre passado e se reunindo com os sindicatos, Conselhos de Usuários, entidades de aposentados e associativas, e também com os trabalhadores da base, num esforço em levar os temas Cassi e saúde para o dia a dia da comunidade Banco do Brasil", acrescentam.
"O centro das discussões com a base social tem sido os modelos de sistema de saúde existentes, tanto do mercado quanto o da Cassi, e as razões da dificuldade de se encontrar sustentabilidade da forma como estão organizados há mais de uma década", dizem ainda.
Veja aqui a íntegra do boletim em pdf.
Os eleitos da Cassi pedem que os sindicatos e entidades associativas imprimam o material e distribuam em suas bases.
Fonte: Contraf-CUT