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Em resposta aos documentos entregues no dia 15 de outubro pela Contraf-CUT, CUT, sindicatos dos bancários de Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro, pela Fenae e pelo Caref do BB, a presidenta Dilma Rousseff enviou carta aberta à Contraf nesta quinta-feira 23 endereçada aos bancários dos bancos públicos, na qual assume o compromisso de fortalecer as instituições financeiras federais, "que são indispensáveis para a economia brasileira e um patrimônio da sociedade", e pede o voto de seus funcionários.

Leia aqui a íntegra da carta da presidenta Dilma Rousseff aos bancários.

Os documentos dos bancários em defesa da manutenção e fortalecimento dos bancos públicos foram entregues a Dilma em São Paulo. No texto "Mais Caixa para o Brasil", os trabalhadores afirmaram a importância histórica do banco, fundado por Dom Pedro II, em 1861, e o papel social e de desenvolvimento do país, que a Caixa passou a cumprir nos últimos 12 anos, nos governos Lula e Dilma.

Já o documento "Por um Banco do Brasil mais forte e que valorize mais seus funcionários", os bancários avaliam o papel fundamental que bancos públicos desempenharam para a economia brasileira superar a crise mundial.

Na carta aberta em resposta aos documentos, a presidenta Dilma manifesta "satisfação por termos cumprido, desde o primeiro dia de governo do Presidente Lula e em todo meu governo, nosso compromisso com o fortalecimento dos bancos públicos", cujo "primeiro e fundamental passo foi a valorização dos bancários".

"Recuperamos a capacidade do Banco do Brasil, da Caixa, do BNDES, do BNB e do BASA de atuar em favor do Brasil", acrescenta a presidenta da República na carta aberta, lembrando que "o comportamento dos bancos públicos na crise em 2009 foi exemplar, quando, por orientação do Governo Federal, forneceram crédito em grande volume para que a sociedade brasileira mantivesse a atividade econômica e o nível de emprego".

"É esse o modelo que defendemos, ao contrário do modelo tucano que relegou os bancos públicos a meros coadjuvantes do sistema financeiro privado, deixando a atividade produtiva à mercê de extorsivas taxas de juros. Sabemos onde vai dar esse caminho equivocado: demissão, arrocho e, por fim, privatização, como ocorreu com os bancos estaduais no passado", enfatiza a presidenta Dilma.

E conclui: "Tenho confiança de que estamos no caminho certo em nosso
compromisso com o fortalecimento dos bancos públicos, que são indispensáveis para a economia brasileira e um patrimônio da sociedade. Juntos, bancos públicos, seus funcionários e o Governo Federal, fizemos muito, e faremos muito mais. Deixo aqui meu abraço e peço o seu voto para que possamos, juntos, fortalecer ainda mais os bancos públicos brasileiros e os seus funcionários".

Da Redação, com informações da Contraf-CUT

Na terça-feira (14), numa ação conjunta, diretores do Sindicato dos Bancários de Brasília, do Sindicato dos Trabalhadores do Ramo Financeiro da Região Integrada de Desenvolvimento Econômico do Distrito Federal e Entorno (Sintraf-Ride) e da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Centro Norte (Fetec-CUT/CN) visitaram a agência do Itaú de Santo Antônio do Descoberto (GO), município do Entorno, para prestar assistência aos bancários da unidade que estão traumatizados após o sequestro de uma colega de trabalho no último dia 9 de outubro, quando chegava em casa, no Recanto das Emas.

A gerente, o marido e um filho ficaram reféns dos bandidos por mais de 19 horas, acreditando que a bancária tivesse a chave para abrir o cofre do banco no dia seguinte. Os sequestradores desistiram da ação ao perceberem a presença da polícia quando estavam a caminho da agência na sexta-feira (10). Nesse mesmo trajeto, os bandidos perderam o controle do carro, que capotou. A bancária sobreviveu ao acidente, mas os assaltantes conseguiram fugir.

Além do apoio dos dirigentes sindicais e orientações para emissão da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) e outros procedimentos de acompanhamento dos bancários, uma psicóloga do Sindicato dos Bancários de Brasília também prestou assistência preliminar aos trabalhadores.

"Estamos à disposição dos bancários para dar auxílio no que precisarem. Sabemos que o acompanhamento psicológico é fundamental nessa situação para que todos os bancários envolvidos direta ou indiretamente se recuperem", destaca o diretor do Sintraf-Ride Lúcio Flávio. 

“O Itaú tem que fazer o máximo para preservar a segurança dos bancários. Os trabalhadores não devem ficar com chaves de agências, cofres ou expostos a situações dessa natureza. Cobramos que esse serviço seja feito por empresas especializadas”, reivindica a diretora da Fetec-CUT/CN Conceição Costa.

Insegurança constante e estresse

Os bancários da agência estão preocupados com a violência constante no local, já que um cliente foi assaltado a mão armada em frente à agência, também no dia 9 de outubro.
Mesmo diante da situação de forte estresse enfrentada pelos bancários da agência, devido ao sequestro da colega, o Itaú obrigou a abertura da agência no horário normal na sexta-feira (10) e não prestou nenhuma assistência aos bancários naquele momento.

O Sindicato entrará em contato com o departamento de Relações Intersindicais do Itaú para agendar reunião com o objetivo de discutir a situação dos bancários de Santo Antônio do Descoberto e cobrar mais segurança no local.

“Estamos aqui para defender a vida em primeiro lugar. A integridade física e mental dos bancários é nossa prioridade e, por isso, buscamos mais segurança e melhores condições de trabalho para os bancários”, destacou a secretária de Assuntos Parlamentares do Sindicato dos Bancários de Brasília, Louraci Morais, que também é bancária do Itaú.

Os diretores do Sindicato dos Bancários de Brasília Raimundo Dantas e Roberto Alves também participaram da visita aos bancários de Santo Antônio do Descoberto.

Fonte: Da Redação com informações do Seeb Brasília