Contraf-CUT, Fenae, Fenacef e Fenag divulgam editorial em defesa da Funcef
A Contraf/CUT, a Fenae, a Fenacef e a Fenag divulgaram, nesta terça-feira (2), editorial dirigido aos participantes da Funcef, no qual criticam o comportamento de conselheiros e diretores da Fundação recentemente eleitos. No texto, as entidades explicam o impasse quanto à recomposição dos comitês de assessoramento técnico, que deve-se "ao descumprimento de acordo pelos conselheiros Gilson Tavares Costa e Herbert Otto Homolka e a um precedente perigoso aberto pelo Conselho Deliberativo da Funcef".
O editorial destaca: "É lamentável constatar, mais uma vez, que para alguns o processo eleitoral na Funcef ainda não terminou. A definição sobre integrantes dos comitês, bem como qualquer debate sobre a gestão da Fundação, não pode estar condicionada a vaidades pessoais. As entidades representativas dos empregados da Caixa repudiam a acusação dos conselheiros Gilson e Otto de intransigência nessa discussão".
"Os comitês de assessoramento técnico são uma conquista histórica do movimento dos empregados da Caixa, que deve ser respeitada. Assim como deve ser respeitada também a contribuição que as entidades que representam os diversos segmentos da categoria têm dado ao longo dos últimos seis anos. Esperamos que os conselheiros deliberativos Gilson Tavares Costa e Herbert Otto Homolka cumpram o acordo construído. E que, enfim, a composição dos comitês, tão importantes para garantir a transparência na gestão da Funcef, seja definida".
Leia abaixo a íntegra do Editorial.
"Acordo existe para ser honrado"
Prezados participantes da Funcef,
"Causa mais preocupação, a cada dia, o comportamento de conselheiros e diretores da Funcef recentemente eleitos. Ao priorizarem disputas políticas, eles esquecem a defesa da Fundação e dos participantes. O caso mais atual é o da recomposição dos comitês de assessoramento técnico, assunto que encontra-se em um impasse devido ao descumprimento de acordo pelos conselheiros Gilson Tavares Costa e Herbert Otto Homolka e a um precedente perigoso aberto pelo Conselho Deliberativo da Funcef.
"A criação dos quatro Comitês de Assessoramento Técnico (Investimentos, Benefícios, Ética e Qualidade das Informações Contábeis e de Auditoria) foi consolidada pela revisão do Novo Estatuto da Fundação, aprovado em 2006 e vigente a partir de agosto de 2007. No entanto, os regimentos internos só foram aprovados em agosto de 2008, e os membros empossados no final de setembro do mesmo ano.
"Trata-se de uma conquista histórica do movimento nacional dos empregados da Caixa, parte da luta por uma gestão mais democrática na Funcef. Os quatro comitês têm composição paritária, com 50% dos integrantes indicados pelos conselheiros deliberativos e 50% pela Caixa e pela Funcef. Significam, portanto, participantes e entidades representativas acompanhando mais de perto o fundo de pensão.
"Desde que os comitês de assessoramento técnico foram criados, as indicações foram construídas, democraticamente, pelas entidades do movimento dos empregados da Caixa: Fenae, Fenacef, Fenag, Unei e AudiCaixa. Tal posicionamento sempre garantiu uma composição em que todos os segmentos da categoria foram contemplados e o pleno funcionamento dessas instâncias. A Funcef é um patrimônio dos trabalhadores da Caixa e, por isso, deve ser gerida de acordo com os interesses de todos.
"Na reunião do Conselho Deliberativo do dia 30 de julho deste ano, seguindo a fórmula que tem dado certo desde 2008, o conselheiro Antonio Luiz Fermino apresentou uma lista, referendada pelas entidades representativas dos empregados, com 34 nomes para os comitês. Já os demais conselheiros eleitos pleitearam a indicação de apenas quatro nomes. Foi o início do acordo que, mais tarde, seria quebrado.
"A composição dos quatro comitês de assessoramento técnico foi votado e aprovado na mesma reunião do CD. O que ficou para ser definido no encontro seguinte, no dia 4 de setembro, foi somente quais vagas seriam ocupadas pelos quatro indicados pelos conselheiros eleitos em maio. No entanto, Gilson Tavares Costa e Herbert Otto Homolka decidiram não honrar o acordo e apresentaram novo voto com a indicação de 2/3 dos comitês e pleiteando ainda nomear todos os membros do Comitê de Ética.
"O fato torna-se ainda mais grave na medida em que o Conselho Deliberativo, cujo presidente é indicado pela Caixa, voltou atrás na decisão tomada pelo colegiado no dia 30 de julho. Essa atitude cria um precedente perigoso que fragiliza o CD e as estruturas de governança da Funcef. Deliberações sobre investimentos, para citar apenas um exemplo, não podem ocorrer sob o risco de mudanças de posição. Na mesma reunião, é bom lembrar, o CD encaminhou ao Comitê de Ética o episódio da entrevista do diretor eleito Antonio Augusto de Miranda e Souza para matéria da revista IstoÉ.
"A discussão sobre a composição dos quatro comitês de assessoramento técnico se arrasta há quase quatro meses, o que já criou problemas. Como a política de investimentos da Funcef para 2015 deve ser aprovada pelo Comitê de Investimentos antes de ser apreciada pelo Conselho Deliberativo, os mandatos na instância, que terminaram no dia 25 de setembro, foram prorrogados até 30 de dezembro.
"É lamentável constatar, mais uma vez, que para alguns o processo eleitoral na Funcef ainda não terminou. A definição sobre integrantes dos comitês, bem como qualquer debate sobre a gestão da Fundação, não pode estar condicionada a vaidades pessoais. As entidades representativas dos empregados da Caixa repudiam a acusação dos conselheiros Gilson e Otto de intransigência nessa discussão.
"A verdade não pode ser distorcida. O que causou o impasse foi a atitude desrespeitosa dos dois conselheiros eleitos em maio, que tomaram uma decisão no final de julho e recuaram exatamente 36 dias depois. Acordo existe para ser honrado. Sobretudo, quando o que está em jogo é a Funcef e seus participantes.
"Os comitês de assessoramento técnico são uma conquista histórica do movimento dos empregados da Caixa, que deve ser respeitada. Assim como deve ser respeitada também a contribuição que as entidades que representam os diversos segmentos da categoria têm dado ao longo dos últimos seis anos.
"Esperamos que os conselheiros deliberativos Gilson Tavares Costa e Herbert Otto Homolka cumpram o acordo construído. E que, enfim, a composição dos comitês, tão importantes para garantir a transparência na gestão da Funcef, seja definida".
Fonte: Contraf-CUT com Fenae
Sindicatos repudiam tratamento que a Caixa dispensa ao GT Saúde
O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT e assessorado pela Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), entregou à coordenação da Caixa Econômica Federal, durante reunião da mesa permanente de negociações, na sexta-feira (28), em Brasília, uma nota de repúdio ao tratamento dispensado ao GT Saúde Caixa e ao Conselho de Usuários do plano. Também foram discutidos a reestruturação da Gerência de Programas Sociais (Gipso), a promoção por mérito (cronograma para definição dos critérios da sistemática 2015) e o Sistema de Ponto Eletrônico (Sipon) para os gerentes de projetos especiais, entre outros.
No documento entregue, as entidades representativas dos empregados da Caixa lamentam a maneira autoritária que a empresa tem tratado o processo de negociação na perspectiva de buscar melhorias na qualidade dos serviços prestados. E cobram agilidade e transparência na divulgação das informações referentes à situação financeira do plano de saúde.
O movimento nacional dos empregados reivindica que todos os dados relativos a receitas e despesas do Saúde Caixa, desde a época de sua criação, em junho de 2004, sejam apresentados mensalmente.
De acordo com o aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho 2014/15, até o dia 15 de dezembro deste ano seria debatida uma proposta de metodologia de utilização do superávit do plano de saúde dentro do GT, instância formada por representantes da empresa e dos trabalhadores. No entanto, após a assinatura do Acordo Coletivo de Trabalho, foram realizadas duas reuniões, mas sem avanços nas discussões.
Na opinião do secretário de Formação do Sindicato, Antonio Abdan, parece que existe um abismo entre o que é tratado na mesa de negociação com o que acontece com as gerências responsáveis pela execução do que foi negociado.
“É o que vem acontecendo com o GT Saúde Caixa e com o Conselho de Usuário. Tais fóruns estão tendo grande dificuldade para atuarem, haja vista a intransigência da gerência responsável que omite informação e não trata os representantes dos empregados com o devido respeito”, observa Abdan, que representa a Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Centro Norte (Fetec-CUT/CN) na CEE/Caixa.
Clique aqui para ler a íntegra do documento.
Reestruturação da Gipso
Os representantes dos trabalhadores cobraram esclarecimentos sobre a reestruturação da Gipso. Os interlocutores do banco admitiram, pela primeira vez, que o processo está em curso e que deverá ser concluído até o final de janeiro de 2015.
A CEE/Caixa-Contraf/CUT assinalou que os empregados têm reclamado que não estão conseguindo realocação nas unidades ou filiais, o que foi rebatido pela Caixa, sob a alegação de que será assegurada ao trabalhador a permanência no município em que está lotado, exceto quando a transferência for solicitada pelo próprio empregado.
O respeito ao direito do trabalhador foi defendido pelos membros da Comissão, que afirmaram que não aceitam a redução de salários dos empregados da Gipso.
“O processo de reestruturação da Gipso tem causado sofrimento aos empregados envolvidos, que se sentem inseguros quanto ao futuro na empresa. Uma maior transparência e consideração da Caixa, inclusive com o posicionamento ao Sindicato, minimizaria os dados causados com as transferências inesperadas dos empregados”, ponderou Antonio Abdan.
Ajuda de custo e ressarcimento para supervisor de canais
Para atender as demandas de suas atividades, os supervisores têm arcado com despesas, principalmente de transporte. A Caixa informou que tem um contrato de veículos por Superintendência Regional e assumiu o compromisso de estudar melhorias sobre esta questão.
“O caso dos supervisores de canais não é nada confortável, pois eles têm colocado dinheiro do próprio bolso para trabalhar. A situação é tão absurda que boa parte da função é usada para pagar despesas, principalmente com transportes, indispensáveis para criar um bom relacionamento com o cliente”, lamentou a diretora do Sindicato e da Contraf-CUT, Fabiana Uehara, que também é empregada da Caixa.
Migração de dados nos dias 15 e 16
A Comissão reivindicou o pagamento integral de horas extras para os trabalhadores das agências que foram convocados para trabalhar nos dias 15 (sábado) e 16 de novembro (domingo) por conta de testes na migração do sistema. Os representantes do banco alegaram que não tinham conhecimento dessa convocação e prometeram verificar a questão.
Sipon
A Caixa informou que quando um gerente é destacado para um projeto especial, ele carrega sua condição. Se estiver previsto o registro de Sipon, ele deve ser realizado normalmente. A CEE/Caixa-Contraf/CUT reafirmou a reivindicação de Sipon para todos os empregados.
Promoção por mérito
Foi acordado que a comissão paritária que irá definir os critérios da sistemática de 2015 fará duas reuniões na segunda quinzena de janeiro e outras duas na primeira quinzena de fevereiro. Os nomes dos representantes dos empregados serão indicados pela CEE/Caixa-Contraf/CUT até 19 de dezembro.
“Esperamos que, para 2015, a Caixa consiga, em parceria com os representantes dos empregados, desenvolver uma metodologia que de fato traduza a participação dos bancários no resultado e no papel social da empresa e que vá de encontro às expectativas da categoria”, comentou a diretora do Sindicato Vanessa Pereira, que também é empregada da Caixa.
Incorporação do REB
De acordo com a Caixa, a proposta de metodologia para incorporação do REB ao Novo Plano da Funcef está no Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Dest). Após sua análise nesta instância, seguirá para apreciação do Conselho Diretor do banco. Não há previsão de data para a matéria ser apreciada.
Vale-transporte
A CEE/Caixa-Contraf/CUT denunciou que empregados de alguns municípios do interior do Ceará, da Paraíba e do Piauí estão sem receber vale-transporte. O banco se comprometeu a apurar o que está ocorrendo.
Estudo de PCS
Questionada pela Comissão Executiva dos Empregados, a Caixa negou que tenha contratado uma empresa para analisar o Plano de Cargos e Salários (PCS).
Pesquisa
A Caixa confirmou que fez pesquisa para a avaliação da Campanha Nacional 2015. As entidades solicitaram informações sobre o resultado.
PAA
Também indagada pela CEE/Caixa-Contraf/CUT, a Caixa não confirmou as informações veiculadas pelo presidente da Caixa, Jorge Hereda, de que haverá Plano de Apoio à Aposentadoria (PAA) no início de 2015.
Novo coordenador
A mesa permanente de negociação tem um novo coordenador. Trata-se de Marcos Pereira, que está na Caixa há 25 anos e já participou da instância. Ele disse que espera manter o diálogo com as representações dos trabalhadores e continuar construindo reuniões mais produtivas.
Fonte: Sindicato dos Bancários de Brasília, com informações da Fenae
Funcef divulga Nota de Esclarecimentos sobre notícias de O Globo e Istoé
A Funcef divulgou nesta segunda-feira (24) uma Nota de Esclarecimentos na qual se manifesta sobre matéria publicada no jornal O Globo de 23/11, intitulada "Participantes formam grupo para combater aparelhamento", e sobre a reportagem da edição nº 2314 da revista IstoÉ, de 21/11, "O esquema chegou nas elétricas", que cita participação da Fundação no consórcio Energia Sustentável Brasil, concessionário da Usina Hidroelétrica de Jirau, em Rondônia.
Em relação à matéria de O Globo, a Funcef lamenta que as informações fornecidas ao jornal não foram totalmente reproduzidas. Na íntegra das perguntas e das respostas, a entidade assegura que "não mantém ou manteve, em nenhum momento, negócios com (...) Alberto Youssef, Fayed Trabulsi, Invista e CSA Project Finance". E que "também não adquiriu nenhuma modalidade de títulos ou papéis relacionados ao BVA". "Assim sendo, registramos que a Funcef não possui em seu portfólio de ativos investimentos oriundos de influência de agentes ou pessoas externas ao processo de gestão".
Sobre a denúncia de aparelhamento político, a Funcef respondeu ao O Globo: "Repudiamos qualquer ilação de aparelhamento político ou mesmo de influência externa sobre as decisões de investimentos. (....) Possuímos um modelo de governança que é referência para o sistema, com paridade em todos os colegiados de governança, onde tanto a patrocinadora quanto os participantes indicam ou elegem seus representantes".
Já quanto à matéria da IstoÉ, a Funcef lamenta não ter sido procurada previamente pela revista e rebate: "Não é verdade que a Funcef seja acionista da concessionária da UHE Jirau. Portanto, não procede a informação de que tenhamos adquirido qualquer participação da Camargo Corrêa neste empreendimento".
A Nota de Esclarecimentos da Fundação também traz informações sobre a Cevix Energias Renováveis S.A. e a Desenvix S.A. "Infelizmente, mais uma vez, a revista IstoÉ menciona a Funcef em sua publicação sem consultar a entidade previamente", critica o texto.
O presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira, ressalta que a Federação acompanha tudo de perto. "A defesa do nosso fundo de pensão, com responsabilidade e união, estará sempre em primeiro lugar. A Funcef é de todos os participantes", diz.
Para Fabiana Matheus, coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), que assessora a Contraf-CUT nas negociações com o banco, "essa política do medo precisa parar. Acompanhar a gestão da Fundação é um direito de todos. Mas fazê-lo com responsabilidade é um dever".
Clique aqui e leia a Nota de Esclarecimentos da Funcef.
Fonte: Fenae
Inadimplência aumentou após reestruturação da Gerat do BB
Os problemas que a reestruturação causam não são novidade para trabalhadores e o Sindicato. A ação do Banco do Brasil de reestruturar setores para reduzir custos tem gerado transtornos aos bancários e prejuízos também para a empresa. No recente caso da Gerência de Reestruturação de Ativos Operacionais (Gerat), que também foi alvo de denúncias do Sindicato, houve aumento da inadimplência decorrente da sua reestruturação em 2013.
O movimento sindical protestou à época mostrando que a redução de quadros e a terceirização de serviços levam a uma piora na execução da atividade bancária.
Para suportar essa tendência de aumento de inadimplência, o BB aumentou em 22% o provisionamento para devedores duvidosos na última apresentação de resultados, como analisou o Informativo Bancário 1.349, de 13 de novembro deste ano.
Para tentar reverter os efeitos negativos da reestruturação da Gerat, o BB devolveu para as agências parte das cobranças que não foram efetivadas pelos terceirizados, fixando meta altíssima de cumprimento até o fim do ano.
As agências, que já não têm funcionários suficientes para cumprir as metas insustentáveis que estão sendo propostas pela diretoria, agora recebem mais um serviço.
Fonte: Sindicato dos Bancários de Brasília
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